A autoimagem do aluno de português à luz da semântica de frames

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Loures, Luciene Fernandes lattes
Orientador(a): Miranda, Neusa Salim lattes
Banca de defesa: Manfili Fioravante, Keylla Cristiani lattes, Gerhardt, Ana Flavia Lopes Magela lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1010
Resumo: O presente estudo tem como questão a imagem que alunos de Português constroem sobre si mesmos a partir de suas vivências positivas ou negativas em sala de aula. Trata-se de um estudo de caso de caráter híbrido – linguístico e educacional - desenvolvido mediante análise do discurso (relatos escritos) de 188 alunos do nono do ensino fundamental e do segundo ano do ensino médio de sete escolas da rede estadual de ensino da cidade de Juiz de Fora. O coração teórico deste estudo advém da Linguística Cognitiva (LAKOFF, 1987, 1989, 1980, 1999; LAKOFF e JOHNSON, 1999, 2002; FILLMORE, 1987 1982) e, em especial, da Semântica de Frames (FILMORE, 1982) e do projeto lexicográfico FrameNet (www.framenet.icsi.berkeley.edu). Partindo da categoria analítica central, frames, promove-se a análise semântica da autoimagem discente que é, em seguida, interpretada à luz de uma moldura teórica multidisciplinar (BAUMAN, 2001, 2005,2007, 2008, 2011; FAUCONNIER e TURNER, 2002; TOMASELLO, 2003; GNERRE, 1985, 1991; BOURDIEU, 1983; OLIVEIRA, 2000 e MIRANDA, 2005, 2012, dentre outros). Procedimentos metodológicos adotados neste estudo de caso definem-se pelo caráter misto- quantitativo e qualitativo (TASHAKKORI e TEDDLIE (1998)) e pelo uso da narrativa de experiência como forma de construção da base de dados (THORNBORROW e COATES (2005), REGO (2003) e FABRÍCIO E BASTOS (2009). Os resultados analíticos se desenrolam, assim, a partir da descrição de uma rede quatro superframes evocados pelo discurso discente: Foco_no_Experienciador, Autoavaliação_Desempenho Escolar, Autoavaliação_Comportamento Escolar e Experiência_Escolar. O exercício interpretativo dos frames de Autoavaliação permite desvelar uma identidade escolar profundamente negativa, marcada pelo sentimento de dificuldade, de incapacidade, de tentativa e fracasso e de um decorrente afastamento e mesmo rejeição (60,5% - não gosto,detesto, odeio, não sou chegado) em relação à disciplina de Língua Portuguesa. Mitos e preconceitos acerca dos usos da língua sustentam tal imagem. Por outro lado, o destaque dado a experiências positivas (86,5% das cenas de Experiência_Escolar) lança luzes sobre o caminho desejado para as práticas de ensino de Língua Portuguesa e demarca a grande rejeição ao papel de meros expectadores que , via de regra, os alunos ocupam no processo de ensino-aprendizagem. Neste enquadre investigativo, este trabalho filia-se ao macroprojeto “Ensino de Língua Portuguesa – da Formação Docente à Sala de Aula” (FAPEMIG - CHE-APQ-01864-12), inscrito na linha de pesquisa Linguística e Ensino de Língua do PPG- UFJF.