Velhas soluções para novos problemas: o gradua(n)do em Letras e a diacronia – a flexão de número dos nomes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Santos Filho, Marco Antonio Filgueiras lattes
Orientador(a): Zágari, Mário Roberto Lobuglio lattes
Banca de defesa: Name, Maria Cristina Lobo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2985
Resumo: Nesse texto, mostraremos a importância da Lingüística Histórica para a formação do professor de língua portuguesa. Veremos que os fenômenos lingüísticos são muitas vezes explicáveis à luz das ferramentas oferecidas por esse segmento da Lingüística. Traçaremos um breve resumo do percurso da Filologia Românica até o início do século XX. Explicaremos como ocorre a flexão de número dos nomes em Português, confrontando o que é explicado nos livros didáticos, nas Gramáticas Tradicionais e na literatura lingüística com o que tem a oferecer de contribuição a Lingüística Diacrônica. Utilizaremos exemplos, além da flexão de número, em que a diacronia oferece explicações plenas e satisfatórias. A motivação para esta dissertação parte da observação da pouca importância que tem sido dada aos estudos de diacronia da Língua Portuguesa nos cursos de graduação em Letras. Defendemos que o conhecimento dessas ferramentas pode ajudar muito no ensino da Gramática Tradicional, de maneira a torná-la realmente reflexiva, como tanto queremos os lingüistas. A Gramática Tradicional não deve deixar de ser estudada, mas seu ensino deve ser reinventado. Deixar de estudá-la, hoje, no contexto em que nos inserimos, seria um grande crime para com os nossos alunos, pois muitos concursos que garantem um emprego público, portanto estável, cobram em seus exames de seleção questões relacionadas ao conhecimento normativo dessa Gramática. Os vestibulares de fato não o fazem, mas os objetivos de nossos alunos não se limitam apenas a tais exames, pois muitos não podem esperar quatro anos (no mínimo) para buscar um emprego e enxergam nos concursos para empregos públicos sua única chance de crescimento e desenvolvimento profissional e financeiro, e – por conseqüência – social. Defendemos a valorização da Lingüística Histórica por esta ter sido deixada à margem, não por achá-la mais importante que as outras “Lingüísticas”, pois acreditamos que a reinvenção do ensino da Gramática Tradicional depende de um trabalho conjunto de todas as áreas dos estudos em lingüística. Até por que, se há um fenômeno na humanidade que é um continuum, este fenômeno, naturalmente, é a língua.