Presente, passado e futuro: perspectivas dos intelectuais autoritários e do Tenentismo sobre a República Liberal-Oligárquica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Macedo, Allony Rezende de Carvalho lattes
Orientador(a): Viscardi, Cláudia Maria Ribeiro lattes
Banca de defesa: Bom Jardim, Fernando Perlatto lattes, Lanna Júnior, Mário Cléber Martins lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/363
Resumo: A República brasileira decepcionou muitos de seus apoiadores ao promover o estabelecimento das oligarquias centrais no poder. O regime não abriu espaço para novas demandas políticas e sociais que se colocaram ao longo das décadas de 1910 e 1920, tornando-se frágil perante diferentes formas de crítica, que passaram do discurso às armas. Nesse sentido, esta dissertação procura avaliar eventuais proximidades entre o que produziam os críticos autoritários da República e o que pregava o Tenentismo no momento de suas primeiras ações armadas. Levando em conta os valores, tradições, práticas e representações fundadores da república liberal brasileira e impressos nas culturas políticas da época, com a contribuição dos propagandistas republicanos do final do século XIX; este estudo procura antes compreender qual a relação que os intelectuais autoritários e o Tenentismo detinham, no imediato de suas atuações, com estes universos de referentes, e a partir daí buscar qual o possível diálogo que os militares rebeldes travariam com os intelectuais autoritários, seus contemporâneos no debate. Afinal, ambos os grupos, que se projetavam como vanguarda das transformações que julgavam necessárias ao regime, dividiam o mesmo ambiente político-cultural de aguda crise dos paradigmas liberais fundadores da República. Para isso, além de uma retomada sobre as contribuições da ―geração de 1870‖ para a construção de um ambiente intelectual e republicano no país, as análises são estruturadas a partir dos ensaios produzidos pelos intelectuais autoritários, entre as décadas de 1910 e 1920, e dos manifestos, moções, cartas e relatórios lançados pelos militares rebeldes no calor das ações de 1922 e 1924. O objetivo final é explorar mais um possível componente do conjunto de referências político-culturais, que contribuiu para impulsionar alguns militares à ação armada, lançando mão de outra abordagem, além das sociológicas ou corporativas, desenvolvidas até então pela historiografia, centradas em atribuir um caráter predominantemente liberal à revolta militar.