Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Macedo, Allony Rezende de Carvalho
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Orientador(a): |
Viscardi, Cláudia Maria Ribeiro
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Banca de defesa: |
Ferreira, Jorge Luiz
,
Jardim, Fernando Perlatto Bom
,
Gomes, Angela Maria de Castro
,
Maia, Andréa Casa Nova
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em História
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18000
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Resumo: |
O Governo Provisório de Getúlio Vargas (1930-1934) foi marcado pelo enfrentamento com seus opositores, mas também pelos conflitos que ocorreram dentro da própria base de apoio. Entre os heterogêneos aliados de Vargas, foram disputadas duas agendas principais a serem impostas como direção a ser seguida pelo novo governo. A primeira, de tendência centralizadora e autoritária, defendida principalmente pelos “tenentes” e pelas oligarquias tradicionalmente menos poderosas do Norte e Nordeste; e a segunda, de orientação liberal e federalizante, patrocinada majoritariamente por grupos oligárquicos dos estados econômica e politicamente mais fortes – São Paulo e Rio Grande do Sul. Como uma expressão mais bem organizada da tendência centralizadora e autoritária, foi inaugurado, em maio de 1931, o Clube 3 de Outubro, tema desta tese. Composto por uma maioria de civis de classe média, mas conduzido por militares ligados ao Tenentismo, o grêmio foi um grupo de apoio pressão que defendeu a prorrogação da ditadura do Governo Provisório para a aplicação de reformas de cunho orgânico-corporativistas, orientadas a partir de uma cultura política nacionalista autoritária. O objetivo desta pesquisa foi investigar a criação, organização interna, formação político-cultural e atuação dos seus sócios ao longo do Governo Provisório. As principais fontes utilizadas foram suas fichas de filiação, estatutos, manifestos, notas públicas, documentos internos, diretrizes programáticas, correspondências trocadas entre suas principais lideranças e jornais, como o Correio da Manhã e o Diário Carioca. A partir das fichas de filiação e da aplicação da técnica prosopográfica foi possível observar a trajetória de crescimento e declínio do Clube, o perfil dos sócios, em geral, e do grupo que comandava a entidade. Por outro lado, tendo em vista categoria analítica “cultura política” durante análise das demais fontes, foi possível perceber seu conjunto de valores, leituras de passado, suas concepções de sociedade ideal e suas formulações para o Estado brasileiro, constituídas a partir da cultura política nacionalista autoritária, originada, em grande parte, dos trabalhos pioneiros de Alberto Torres e Oliveira Vianna, entre os anos 1910 e início da década de 1930. Ao longo da tese, foi confirmada sua hipótese central, demonstrando-se que o Clube 3 de Outubro funcionou como um vetor de cultura política e um espaço de sociabilidade capaz de fornecer aos seus sócios ferramentas teórico-doutrinais, recursos organizativos, relacionais e identitários capazes de tornar os seus sócios empenhados e influentes o bastante para conseguirem pautar a condução do Governo Provisório e alguns aspectos da sua legislação como, por exemplo, o Código Eleitoral de 1932 e a Constituição Federal promulgada em 1934. |