Religiosidade e espiritualidade no transtorno bipolar do humor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Stroppa, André Lúcio Pinto Coelho lattes
Orientador(a): Almeida, Alexander Moreira de lattes
Banca de defesa: Cordeiro, Quirino lattes, Heckert, Uriel lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4934
Resumo: Objetivos: Investigar a relação entre Religiosidade/Espiritualidade (R/E) e o estado de humor, qualidade de vida, ocorrência de internações hospitalares e tentativas graves de suicídio entre pacientes bipolares. Métodos: Em um estudo transversal com pacientes bipolares em tratamento ambulatorial (n=168) foram avaliados sintomas de Mania (YMRS) e Depressão (MADRS), Religiosidade (Duke Religious índex), Coping Religioso-Espiritual (Brief RCOPE) e Qualidade de Vida (WHOQOL-BREF). Dados sociodemográficos, número tentativas de suicídio e internações foram obtidos através da entrevista com o indivíduo e análise do prontuário médico. Foram realizadas regressões logísticas e lineares das associações entre os indicadores de R/E e as variáveis clinicas, controlando para variáveis sociodemográficas. Resultados: Referiram alguma filiação religiosa 148 (88,1%) indivíduos. Religiosidade Intrínseca e mais estratégias de Coping Religioso-Espiritual (CRE) positivo associaram-se a menos sintomas depressivos, respectivamente (OR) 0.19, (Cl) 0.06 — 0.57, (p) 0.003 e (OR) 0.25, (Cl) 0.09 — 0.71, (p) 0.01. Qualidade de vida associou-se a Religiosidade Organizacional (B) 0.188, (p) 0.019, Religiosidade Intrínseca (B) 0.306, (p) <0,001 e CRE positivo (B) 0.264, (p) 0.001. CRE negativo associou-se a pior qualidade de vida (B) — 0.253, (p) 0.001. Conclusões: Religiosidade intrínseca e CRE positivo associaram-se a menor ocorrência de depressão e melhor qualidade de vida de forma significativa. Estudos longitudinais serão úteis na investigação de relações causais.