Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Stroppa, André Lúcio Pinto Coelho
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Orientador(a): |
Almeida, Alexander Moreira
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Banca de defesa: |
Heckert, Uriel
,
Castelo Branco, Alba Lúcia
,
Caixeta, Leonardo
,
Dalgalarrondo, Paulo
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6688
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Resumo: |
Contexto: Apesar do grande número de estudos encontrados na literatura sobre as relações entre religiosidade/espiritualidade e depressão, outros transtornos mentais e doenças físicas, há uma carência de pesquisas acerca do impacto da religiosidade/espiritualidade em pacientes bipolares, notadamente de estudos longitudinais. Objetivos: Investigar as possíveis relações entre diversas dimensões de religiosidade/espiritualidade sobre sintomas de depressão, mania e qualidade de vida em um estudo longitudinal de 24 meses. Métodos: Estudo observacional longitudinal de dois anos acrescido de aspectos qualitativos, com 168 pacientes bipolares ambulatoriais, avaliando dados sócio demográficos, sintomas de mania (Young Mania Rating Scale), depressão (Montgomery–Asberg Depression Rating Scale), religiosidade (Duke Religious Index), coping religioso (Brief RCOPE) e qualidade de vida (World Health Organization Quality of Life–Brief Version). Análises de regressão linear da associação entre indicadores religiosos e variáveis clínicas foram controladas por variáveis sociodemográficas. Resultados: Entre os 158 pacientes reavaliados após dois anos, Coping Religioso Positivo em T1 predisse melhor qualidade de vida em todos os seus quatro domínios: físico (β 10,2; 95%CI; 4,2–16,1), mental (β 13,4; 95%CI; 7,1–19,7), social (β 10,5; 95%CI, 3,6–17,33) e ambiental (β 11,1; 95%CI; 6,2–16,1) em T2, dois anos depois. Coping Religioso Negativo em T1 predisse pior saúde mental (β -28,1; 95%CI; -52,06– -4,2) e ambiental (β -20,4; 95%CI; -39,3– -1,6) em qualidade de vida. Religiosidade Intrínseca em T1 predisse melhor qualidade de vida ambiental (β 9,56; 95%CI; 2,76–16,36) em T2. Coping Religioso Negativo em T1 predisse sintomas maníacos (β 4.1) em T2. Na investigação qualitativa, 88,2% dos sujeitos relataram que sua fé ajudou a lidar com sua doença e o apoio de sua comunidade religiosa em relação ao tratamento foi apontado por 35,3%. Não houve relato de oposição de líderes religiosos ao tratamento. Limitações: Este é um estudo observacional, inferências causais devem ser feitas com cautela. Conclusão: religiosidade/espiritualidade pode influenciar a qualidade de vida de pacientes com transtorno bipolar, mesmo quando em eutimia. Usar religiosidade/espiritualidade (especialmente coping religioso positivo e negativo) em intervenções psicossociais podem contribuir para melhorar a qualidade de vida de pacientes com transtorno bipolar. |