Do Aiyè ao Orún: a interpretação de Altair Bento de Oliveira sobre a morte e a vida através do ritual do Àṣèṣé nos terreiros de candomblé de nação Ketu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Damasceno, Willians Antônio Alves Teixeira lattes
Orientador(a): Pereira, Luzimar Paulo lattes
Banca de defesa: Pissolato, Elizabeth de Paula lattes, Andriolli, Carmem Silva
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18226
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar a concepção de morte no candomblé de nação Ketu, dentro do ritual fúnebre denominado Àṣèṣé, através da contextualização literária de Altair Bento de Oliveira, conhecido entre os adeptos e pelos familiares da religião como Bàbá Altair T’Ògún, falecido em 2012. Nesta análise, a pesquisa busca elucidar uma antropologia cultural, de modo que o uso etnográfico sobre o luto descreva com detalhes as percepções de similaridade entre a cosmologia religiosa dos yorubas e os estudos autodidatas de Bàbá Altair T’Ògún sobre os rituais fúnebre, apresentados em seu último livro, publicado de forma independente como meio de diálogo para a execução da prática. A morte, tanto na África como no Brasil, é um importante Òrìṣà dentro do panteão de Deuses Yorubas, denominada Ikú, cujo propósito se dá pela sua contribuição na equidade cíclica da vida. Neste sentido, através da literatura de antropólogos que retratam o processo fúnebre, as entrevistas conduzidas com os remanescentes de seu Àṣẹ (Evanir Silva, Osmar Silva e Esterlane Braga), assim como a minha experiência como adepto e neto dentro do culto aos Òrìṣà, foi possível perceber a maneira que o sacerdote observava a morte, que dentro do candomblé se torna a persona ideal para preparar o renascimento do indivíduo entre os mais velhos, posto que nosso falecido tomou o caminho para encontrar com os nossos ancestrais na comunidade dos mortos.