Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Freire, Patrícia Michelle de Oliveira
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Orientador(a): |
Pinto, Vicente Paulo dos Santos
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Banca de defesa: |
Santos, Altair Sancho Pivoto dos
,
Guimarães, Mauro
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12109
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Resumo: |
A presente pesquisa tem a reflexãosobre o ato de caminharna “natureza” como seu fio condutor. Para construir tal reflexão, a investigação temcomo recorte acaminhada realizada nos parquesque é, por sua vez, umaforma de usopúblico dessas unidades de conservação(UCs). A discussãoproposta pela pesquisa questiona o forte otimismo presente na abordagem convencional desse uso público, reconhecido como uma prática certeira para o tratamento de questões complexas —como a aproximaçãoentre sociedade e natureza. Contudo, não se discute quetal ímpeto de aproximação é direcionado quase que exclusivamente às populações urbano-industriaise fundamentado em uma visão dicotômica permeada pelo mito moderno da natureza intocada(DIEGUES,2008). Portanto, utilizaremos essa discussão sobre o uso público para compreender o significado do ato de caminhar praticado nos parques —especificamente, no Parque Estadual da Serra do Papagaio (PESP) —para ossujeitos e, ainda, refletir sobre os (possíveis) efeitos que essa prática tem na relação do praticante com a “natureza não-humana”. A proposta metodológica dotrabalho se alinha a uma abordagem qualitativa e reconhece a pesquisa participante como caminho metodológico (SCHMIDT, 2006). A pesquisa sealicerça emquatro eixosestruturadores, sendo eles: 1) O Ato de caminhar: apontando os significados culturais do caminhar, assim como sua ligação com a natureza a partir do contexto do romantismo; 2) Relação sociedade-natureza e proteção ambiental: evidenciando as raízes da ideia de “natureza selvagem” eos arranjos dacriação dos parquesno Brasilpara, com isso, abordar o tema do uso público; 3) As caminhadas na “natureza” eossujeitos-caminhantes: apresentando uma discussão sobre o caráter das caminhadas na “natureza” em tempo atuais e sobre o “sujeito-caminhante”; 4) A vivência em campo: trazendo asinterpretações e reflexões centrais da pesquisa com base no trabalho decampo.Essas interpretações estão organizadas em quatro blocosdelineados a partirdo “onde”, do “quando”, do “por que” e do contexto das caminhadas na “natureza”.A partir dessa discussão, são traçadasquatro categorias de análise com intuito de discutir o sujeito-caminhanteou,ainda, o processo de fazer-se sujeitopela caminhada:o visitante, o trilheiro, o caminhante e o sujeito-caminhante. Com as reflexões e as categorias em mente, apresentamos a compreensão pretendida sobreo significado do ato de caminhar nos parques e os efeitos dessa prática nas relações dos sujeitos da pesquisacom a natureza “não-humana”. |