A agressividade no quadro da primeira dualidade instintual freudiana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Gonçalves, Fabricio de Siqueira lattes
Orientador(a): Caropreso, Fátima Siqueira lattes
Banca de defesa: Simanke, Richard Theisen lattes, Soria, Ana Carolina Soliva lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11800
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar como Freud inseriu a agressividade na hipótese de sua primeira dualidade instintual. De acordo com nossa análise, podemos dividir o tratamento dado à agressividade em dois períodos. O primeiro, do início de sua teoria até 1913, em que a agressividade é abordada, principalmente, como manifestação dos instintos sexuais, por meio do complexo de Édipo, do instinto de apoderamento e do sadismo. Nesse período, o autor discorre sobre pensamentos e comportamentos agressivos e hostis, nos quais estava presente o componente erótico em suas manifestações. O segundo período começa em 1914 com a formulação de Introdução ao narcisismo (1914/2018) e vigora até os textos que precedem a formulação da segunda dualidade instintual, inserida em 1920. Nesse período, podemos ver a agressividade abordada como expressão dos instintos do Eu. Nessa segunda divisão, as manifestações agressivas são abordadas em diferentes áreas: no desenvolvimento do Eu, na influência sobre os instintos sexuais, nas instâncias psíquicas que constituem o Eu, na relação entre o indivíduo e a civilização. Já a fantasia de surra, descrita em ―Batem numa criança”: contribuição ao conhecimento da gênese das perversões sexuais (1919/2018), pode ser considerada uma das obras de transição entre a primeira e segunda dualidade instintual. As hipóteses das manifestações agressivas discutidas nessa obra fogem, em partes, às hipóteses sobre a agressividade elaboradas entre 1914 a 1920 e se aproximam de hipóteses desenvolvidas na segunda dualidade instintual; por isso optamos em abordar essas fantasias após essa segunda divisão da agressividade, citada acima. Contudo, vale ressaltar que, nesse segundo período dessa divisão, Freud sustentou a agressividade como manifestação dos instintos do Eu com alguns arranjos teóricos que obscureceram a compreensão do leitor de suas hipóteses e não explicou comportamentos agressivos que não se encaixam em suas hipóteses.