Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Chagas, Krishna Edmur De Souza
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Orientador(a): |
Fortes, Ronaldo Vielmi
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Banca de defesa: |
Arbia, Alexandre Aranha
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Rezende, Claudinei Cássio de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Serviço Social
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Departamento: |
Faculdade de Serviço Social
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17375
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Resumo: |
A produção ideológica nacional é objeto relativamente tardio se comparado com a história da produção de pensamento da humanidade. Oficialmente independente em 1822, os primeiros passos dos pensadores brasileiros são dados em meados do século XIX. É esse o cenário do nosso objeto de estudo. José de Alencar foi um dos principais nomes desse primeiro momento da produção ideológica brasileira, a partir de sua contribuição na literatura. Através de seus romances, o autor chega à posteridade como um dos pioneiros da literatura nacional, e talvez por isso, ainda hoje muito lido. Enquadrado pelos críticos literários e comentaristas no interior do pensamento conservador, nos debruçamos sobre sua obra com o objetivo de evidenciar qual a especificidade do pensamento de José de Alencar. Analisamos sua produção como romancista – onde o autor mais se destaca e pela qual é reconhecido –, e mais especificamente Lucíola e Senhora, dois romances urbanos em que o autor se propõe a construir obras capazes de evidenciar o quadro geral da vida na corte fluminense durante o período do Segundo Reinado. Através de uma análise imanente das obras foi possível concluir que Alencar se vale de sua obra literária para emitir suas opiniões de mundo pessoais, demonstrando em seus textos uma posição conservadora marcada por uma visão de mundo limitada, incapaz de compreender os avanços que a humanidade vinha alçando durante a era moderna. Localizando Alencar no quadro da vida social do Brasil do século XIX, é possível encontrar uma correspondência entre o pensamento do autor, e a defesa do regime escravista de exploração do trabalho para a exportação de mercadorias. A partir da compreensão do pensamento de Alencar, debatemos ainda a difundida caracterização do autor como romântico, traçando paralelos entre a produção do autor e o romantismo europeu. Acreditamos que esse trabalho pode contribuir para se pensar os primeiros passos do pensamento conservador brasileiro, que ainda hoje - evidentemente de outras formas - segue sendo predominante no quadro ideológico nacional. |