Trajetórias formativas docentes: o que significam professoras em diálogos cogenerativos sobre hortas escolares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nunes, Letícia Riguetto lattes
Orientador(a): Rodrigues, Angélica Cosenza lattes
Banca de defesa: Pinto, Vicente Paulo dos Santos, Moreira, Maria Cristina do Amaral
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10844
Resumo: As hortas escolares podem ser um meio para tratamento didático da educação ambiental (EA) de forma crítica e emancipatória, problematizando as injustiças ambientais, a relação ser humano-natureza, os diferentes modos de vida e saberes. Nessa perspectiva, estimando a importância do processo educativo na transformação social e na luta contra a naturalização e invisibilização da desigualdade socioambiental, o presente estudo pretende responder a seguinte questão de pesquisa: Como trajetórias formativas são significadas por professoras envolvidas em Encontros Formativos sobre hortas escolares e potencializam novos lugares pedagógicos para a horta na escola? Com o intuito de responder a essa questão, os objetivos dessa pesquisa são: discutir como se deslocam sentidos de professoras, em processo formativo, no diálogo com seus pares e com agricultores, sobre a utilização pedagógica das hortas escolares; compreender como experiências da trajetória pessoal e profissional das professoras se relacionam ao trabalho com as hortas escolares; analisar como os discursos hegemônicos (do agronegócio) e contra-hegemônicos (da agroecologia, da soberania alimentar, da justiça ambiental e da educação ambiental) que surgem nos Encontros Formativos se materializam no discurso docente sobre as hortas escolares. Os Encontros Formativos foram planejados e executados em projeto de extensão do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Ambiental. Nesta pesquisa, os dados construídos serão analisados através da Análise Crítica do Discurso, partindo do referencial de Norman Fairclough. Por meio desse referencial teórico-metodológico é possível compreender a prática docente no que se refere às hortas escolares e seu potencial formativo diante dos cinco encontros realizados. Os discursos das professoras, tanto os que compõem as entrevistas quanto os que compõem os encontros, foram analisados e categorizados em três eixos temáticos: vivências na/com a horta escolar; memórias docentes relacionadas à horta escolar; e saberes experenciados nos Encontros Formativos. Por meio desses eixos, discuto como os discursos das professoras insinuam a conjuntura ambiental e se relacionam com importantes reflexões educacionais sobre a potencialidade da horta agroecológica escolar. As análises me permitiram concluir que os Encontros Formativos influenciaram na transformação do modo de olhar a horta, tornando-o mais atento e mais sensível, indicando que este seja o primeiro passo para tentar romper com a lógica capitalista.