Avaliação de processos ecológicos de riachos em zonas ripárias da Floresta Atlântica
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00012 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12644 |
Resumo: | Existem evidências de que a entrada de folhas de eucalipto nos riachos possa causar alterações nos processos do ecossistema, como a decomposição foliar por exemplo. Entretanto, não está claro como as folhas de eucalipto se relacionam com espécies vegetais nativas, e como interferem nas comunidades, e nas características de riachos. Além disso, como a perda de diversidade de espécies vegetais nativas, associadas a presença de eucalipto, afetaria no processo de decomposição nos riachos. Para responder essas perguntas nós elaboramos dois capítulos. Capítulo 1, A influência da qualidade do detrito na decomposição foliar de riachos da Floresta Atlântica. Nesse estudo avaliamos como a decomposição total e por microorganismos reage as mudanças na qualidade do detrito e no tipo de riacho. Testamos a hipótese de que a qualidade do detrito controla a taxa de decomposição foliar total e por microorganismos, independente das características dos riachos. Capítulo 2. Efeito da perda de diversidade de espécies vegetais na decomposição e na produção de material orgânico particulado fino (FPOM) por larvas de Phylloicus sp. (Trichoptera: Calamoceratidae); avaliamos por meio de um experimento de microcosmo com três espécies de plantas nativas (Alchornea triplinervia, Licania tomentosa, Magnolia ovata) e uma espécie exótica híbrida encontrada na região (Eucalyptus urograndis). Nós formulamos a hipótese de que, a perda de diversidade de plantas levaria à diminuição da decomposição e da produção de FPOM, mas a magnitude desse efeito variaria dependendo das características químicas e de dureza das espécies componentes. Encontramos no capítulo 1, que o (I) tipo de folhas presente nos riachos interfere nos resultados da taxa de decomposição na malha grossa e na malha fina; (II) e grande parte das diferenças estão associadas as características químicas e estruturais das espécies; (III) que diferenças entre riachos foram refletidas apenas na decomposição da malha grossa. Já no capítulo 2 encontramos que as folhas de E. urograndis, podem ser recursos atrativos para as larvas de Phylloicus sp., e que o seu consumo não resultou em prejuízos na sobrevivência das larvas. Além disso, a espécie de folha com maior taxa de decomposição e produção de FPOM por Phylloicus sp. foi A. triplinervia, e o consumo de E. urograndis não diferiu das demais espécies, mas proporcionou a menor produção de FPOM. A perda de diversidade de espécies vegetais pode resultar em diminuição da taxa de decomposição por micro-organismos, mas não interferiu na taxa de decomposição na presença de larvas de Phylloicus sp. e na produção de FPOM. Mudanças na diversidade de espécies de folhas não resultaram em efeitos negativos na sobrevivência das larvas de Phylloicus sp. |