E a carne se faz verbo em Ferreira Gullar: memória, engajamento e resistência em prosa e verso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Viviane Aparecida lattes
Orientador(a): Pereira, Terezinha Maria Scher lattes
Banca de defesa: Pereira, Maria Luiza Scher lattes, Resende, Maria Angela de Araújo lattes, Carrizo, Silvina Liliana lattes, Ramos, Tânia Regina Oliveira lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3100
Resumo: Este trabalho propõe o diálogo entre a crônica e a poesia de Ferreira Gullar. Para tanto, tomamos como objeto de pesquisa as crônicas publicadas pela Folha de São Paulo entre os anos de 2012 e 2014 e as obras Dentro da noite veloz (1975) e Poema sujo (1976). A partir da discussão do conceito de engajamento, procuramos, em um primeiro momento, focalizar a atuação política do poeta, em prosa e verso, fazendo um contraponto entre a atual perspectiva política de Gullar e sua postura política e poética dos anos 1960 e 1970, marcada pela militância e resistência, o que observamos em Dentro da noite veloz (1975). Em um segundo momento, tomamos, além das crônicas, Poema sujo (1976), em que observamos como é possível o resgate do próprio passado a partir de diferentes perspectivas discursivas e momentos históricos distintos. Verificamos, assim, que, em prosa e em verso, o poeta consegue, através da escrita, não apenas trazer à tona o próprio passado, pela memória, mas fazer da vida vivida um instrumento de intervenção política e representação de toda uma coletividade. O diálogo entre poesia e crônica em Ferreira Gullar se faz, portanto, não apenas possível, mas também fecundo e uma nova possibilidade de pesquisa no campo literário.