Espaço e espectralidade na poesia de Ferreira Gullar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Paiva, Marcélia Guimarães lattes
Orientador(a): Carvalho, Luiz Fernando Medeiros de lattes
Banca de defesa: Silva, Anderson Pires da lattes, Rios, André Rangel lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF)
Programa de Pós-Graduação: -
Departamento: -
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6268
Resumo: Há muitas maneiras de se ler poesia. Uma delas é usar um instrumento prévio, que dê uma direção à leitura. A direção apresentada neste estudo pretendeu ser um instrumento de leitura que destaca algumas características da poesia de Ferreira Gullar. Foram identificados, no Poema sujo, elementos que se repetem em seus poemas. Esses elementos foram considerados constituintes do espaço poético e designados como corpo, móveis, quitanda, cidade, planeta, sistema solar, galáxia e universo e estão em poemas de seus livros Dentro da noite veloz (1975), Na vertigem do dia (1980), Barulhos (1987), Muitas vozes (1999) e Em alguma parte alguma (2010). Foi realizada a análise do Poema sujo e uma seleção na qual se evidenciaram as imagens poéticas pertinentes aos elementos espaciais, sensoriais, memorialísticos e políticos nos poemas. Também se articulou o livro mais recente, Em alguma parte alguma, aos demais. Na análise, foram usados os pressupostos de Jacques Derrida a respeito da espectralidade, que consiste na presença de um fantasma que conjura ou ameaça; do espaço, entendido como espaço construído, por Milton Santos; e a assertiva teórica de João Luiz Lafetá acerca da mudança na trajetória de Ferreira Gullar que, de uma escrita preocupada com questões metafísicas, passou a uma poesia comprometida com as questões sociais.