Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Monalisa de Paula
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Orientador(a): |
Del-Claro, Kleber
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Banca de defesa: |
D'ávila, Sthefane
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Costa , Fernando Antônio Frieiro
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2165
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Resumo: |
Polybia platycephala (Richards, 1978) é uma vespa social enxameante que possui seu ninho constituído de várias filas de favos horizontais cobertos favo-a-favo por um envelope. Neste estudo caracterizou-se o padrão de fundação, arquitetura do ninho, o padrão de estocagem de recursos nas colônias, o ciclo colonial, a população, os estágios imaturos, e o número de ínstares larvais de P. platycephala. Além disso, o macho da espécie é descrito e ilustrado. No período de novembro de 2009 a novembro de 2010, foram estudadas 95 colônias em áreas antrópicas do município de Juiz de Fora, MG. Para descrição do padrão de fundação, foram realizadas observações ―ad libitum‖ em quatro enxames. Para analisar a arquitetura do ninho foram considerados os seguintes dados: coloração, comprimento e largura do orifício de entrada, e dimensões do ninho. O ângulo de orientação das colônias foi estabelecido com uma bússola posicionada abaixo dos ninhos. Através da dissecção de 15 colônias, foi verificada a fase de desenvolvimento e o número de: adultos, total de células, células vazias, ovos, larvas, e pupas. Foram mensuradas, a maior largura e o maior comprimento de 100 ovos, e a largura máxima da cápsula cefálica de 400 larvas e 120 pupas, sendo o número de ínstares larvais determinado de acordo com a Regra de Dyar. Foi possível determinar que antes da construção das primeiras células, P.platycephala constrói uma fina base de material vegetal sobre o substrato. O processo de construção inicial do ninho durou de 10 a 15 dias. A nidificação na vegetação foi maior do que em substratos construídos (x²= 53,063; p < 0,0001). Em média, os ninhos apresentaram 2115 ± 1234 (328 - 4723) células, podendo conter até oito favos, e estavam situados a cerca de 3,0 metros do solo. A distância média entre os favos foi de 0,67 ± 0,09 cm (0,53 - 0,85). Houve diferença sazonal no sentido de orientação dos ninhos fundados pela espécie, com ninhos na estação chuvosa orientados principalmente para o sul e ninhos na estação seca orientados para o norte. Os eventos de fundação e abandono das colônias ocorreram em todas as épocas do ano. As colônias produziram 510,26 ± 403,21 (71 – 1492) adultos e encontravam-se em diferentes fases do ciclo colonial. As oviposturas nos favos ocorreram geralmente do centro para a periferia, com pupas nas células centrais circundadas de larvas em diferentes ínstares, seguida de ovos e células vazias na periferia. Constatou-se a presença de casulos de parasitóides no interior das células de cinco ninhos. Foi observada a estocagem de substância açucarada em 80% das colônias (seis em fase de produção de operárias, três em fase de quiescência, duas na produção de machos e um na pré-emergência). O armazenamento ocorreu sempre em células vazias (92,63%), células com presas (4,88%), células com ovos (2,0%) ou células com larvas pequenas (0,5%). A estocagem de presas foi observada em duas colônias, dentro das células ou entre os favos dos ninhos. As larvas possuem cinco ínstares, com uma razão média de crescimento de 1,57. Os machos de P. platycephala distinguem-se das fêmeas por características como o clípeo amarelo com ou sem pilosidade prateada; antena não tão robusta, com 13 segmentos; gena estreita; gáster com 1-6 tergitos. |