Avaliação do potencial de auronas na terapia da esquistossomose in vitro e em modelo murino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Torres, Daniel da Silva lattes
Orientador(a): Pinto, Priscila Faria lattes
Banca de defesa: Terra, Marcella Martins lattes, Aragão, Danielle Maria de Oliveira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
Departamento: Faculdade de Farmácia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf.ppgcf.di.2018.001
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9315
Resumo: A esquistossomose é uma parasitose causada pelo helminto Schistosoma mansoni que afeta em torno de 240 milhões de pessoas no mundo. A terapia farmacológica para essa doença ainda é muito restrita, sendo importante a busca continua por novos fármacos. O objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial farmacológico de três auronas sintéticas em modelos de esquistossomose in vitro e in vivo. Na avaliação in vitro, casais de vermes adultos foram expostos às drogas (25 μM) e às sondas fluorescentes que marcam poros de membrana (FITC-Dextrans) e formação de autofagossomos (monodansylcadaverine). Comparados aos grupos-controles, observou-se uma intensificação da marcação em todos os grupos tratados com as drogas, sugerindo que todas as três auronas, de algum modo, intensificam a formação de poros e de autofagossomos nos vermes. Adicionalmente, avaliou-se o efeito de inibição das auronas sobre a apirase da batata, uma isoforma de NTPDase estruturalmente relacionada com as isoformas presentes nos parasitos. Nesses ensaios, LS26 inibiu parcialmente as atividades ATPásica (em 15, 12 e 47%, nas respectivas concentrações 0,1mM, 0,001mM e 0,0001mM) e ADPásica (em 21,5%, na concentração de 0,001mM), o que torna relevante a investigação do seu potencial inibidor frente as NTPDases de S. mansoni. Nos ensaios in vivo, LS26 e LS29 reduziram a carga global parasitária nos animais tratados (em 56.20%, para tratados com LS26 50 mg/Kg, em duas doses; e 57,61%, para tratados com LS29 50 mg/Kg, em duas doses, comparados ao grupo-controle não tratado). Ainda, LS26 e LS29 foram capazes de aumentar o deslocamento parcial dos vermes das veias mesentéricas para os vasos hepáticos e de interferir na cinética de desenvolvimento dos ovos. Na avaliação do nível de peroxidação lipídica no fígado dos animais tratados com as auronas, não foram observadas alterações. Os resultados apontam a necessidade de estudos adicionais de farmacocinética e farmacodinâmica para um melhor conhecimento dos mecanismos de ação de LS26 e LS29, para sua utilização em uma formulação para o tratamento da esquistossomose.