Análises morfológicas de granulomas hepáticos gerados por infecção de Schistosoma mansoni em modelo animal e efeito de diferentes terapias
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00434 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17417 |
Resumo: | A esquistossomose é uma doença parasitária que atinge milhares de pessoas pelo mundo. É uma doença grave, negligenciada, que acomete o sistema vascular portal e mesentérico onde os parasitos adultos habitam e realizam a postura dos ovos. No Brasil a doença é causada pela espécie Schistosoma mansoni. A presença dos ovos nos tecidos do hospedeiro definitivo causa distúrbios vasculares e hemorrágicos, em resposta a inflamação provocada pelos antígenos eliminados pelos ovos, gerando granulomas. A quimioterapia é realizada através da administração por via oral de comprimidos de praziquantel. Por ser o único medicamento disponível para o tratamento da esquistossomose, a terapia permanece como um desafio para a área da saúde. Sendo assim a busca de novos compostos esquistossomicidas vem ganhando força e nesse sentido compostos naturais como os flavonoides, especialmente as auronas, vêm despertando grande interesse na comunidade científica. O objetivo do estudo foi analisar a dinâmica do granuloma de animais infectados e tratados com praziquantel e auronas sintéticas e analisar a influências dos principais corantes hematológicos na análise dos granulomas esquistossomóticos. Para o presente trabalho, foi realizado um estudo laboratorial experimental, de caráter quali-quantitativo, utilizando camundongos albinos da linhagem Swiss, esses que foram submetidos à infecção bissexual, por via subcutânea, com aproximadamente 100 cercárias/animal. Os animais foram divididos em grupo controle, grupos tratados com PZQ (praziquantel 400 mg.kg-1 , Via oral) e auronas sintéticas (LS26 e LS29), nas dosagens de 50 e 100 mg e em esquemas de tratamento de dose única e duas doses. Ao final de 55 a 60 dias pós-infecção, os animais foram eutanasiados. Fragmentos dos fígados foram fixados (lobos direitos), embebidos em parafina e cortados (5 µm). As lâminas confeccionadas foram coradas por hematoxilina/eosina, tricrômico de Gomory e Picrossirius. Foram medidas as áreas dos granulomas (objetiva de 10x) e realizada contagem de células gigantes multinucleadas (CGM - objetiva 40x) através do programa ZEIN Lite 2012. A comparação de médias das áreas e o número de granulomas observados nas 3 colorações não mostraram diferenças significativas (p > 0,05 com CV maior que 30%). Nas avaliações das áreas dos granulomas foi observado que as auronas LS26 e LS29 (100 mg.kg-1 , em duas doses) apresentaram médias de áreas menores e significativamente diferentes de PZQ. A avaliação da contagem das CGM revelou a presença em maior quantidade destas células nas lâminas dos animais tratados com a aurona LS26 (100 mg.kg-1 , em duas doses). |