Os filmes de viagem mística de Theo Angelopoulos: Uma jornada pelos bálcãs

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Couto, Carlos Eduardo Mendes de Araújo
• Orientador(a): Brum, Alessandra Souza Melett
• Banca de defesa: Costa Junior, Martinho Alves da , Americano, Álvaro Eduardo Trigueiro, Paiva, Samuel José Holanda de , Ferraraz, Rogério
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Artes
• Departamento: IAD – Instituto de Artes e Design
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Cinema grego; Filmes de viagem; Angelopoulos; Greek cinema; Travel movies
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES
• Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18093

O cineasta Theo Angelopoulos nasceu em Atenas, em 1935, e faleceu na cidade grega de Pireu, em 2012. Ao longo das décadas de 1970, 1980 e 1990 ele dirigiu cinco filmes de viagem que abordaram os conflitos mundiais e regionais, a instabilidade política grega, os problemas humanitários e as questões pessoais e coletivas dos Bálcãs no século XX. As duas produções realizadas nos anos 90, Um olhar a cada dia (To vlemma tou Odyssea, 1995) e Eternidade e um dia (Mia aioniotita kai mia mera, 1998), nos chamaram a atenção por se distinguirem dos projetos anteriores. Nestes dois filmes, as jornadas são realizadas através da península balcânica, seus personagens lidam diretamente com os problemas da época, ou seja, a guerra na antiga Iugoslávia e a crise dos refugiados. Ao longo da viagem, há o desenvolvimento de identidades individuais e coletivas daquele lugar em oposição ao discurso balcanista, tão redutor. Os protagonistas passam por fenômenos míticos e retornam ao seu passado, contracenando com seus familiares e amigos, participando de eventos históricos. As imagens são marcadas pelos enquadramentos distantes e longas tomadas, que levam a uma desdramatização brechtiana, ao silencio e à estados contemplativos. A iconografia destas produções é marcada pela neve, nuvens e neblina. Nossa pesquisa tem como objetivo conceituar e apontar os aspectos fundamentais destes filmes de viagem com natureza mística, apresentar suas bases teóricas e contextualizar estas produções no conjunto da obra do cineasta grego, diferenciando-os de seus trabalhos anteriores, do mesmo gênero.