Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Dias Junior, Jocimar Soares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/21787
|
Resumo: |
Neste estudo, utilizaremos o conceito de ritornelo elaborado por Gilles Deleuze e Félix Guattari em Mil Platôs como ferramenta teórica para analisar os momentos musicais falhados dos filmes de Theo Angelopoulos, em suas variantes (des-/re-)territorializações. Também procuraremos demonstrar que, nestes filmes, a utopia aparece de maneira diferente em relação à sensação de utopia no musical americano, tal qual definida por Richard Dyer, e para isto utilizaremos outras concepções de utopia encontradas em obras de Deleuze e Guattari. Assim, primeiro mapearemos o musical americano, soviético e grego, principalmente a recorrência do tema do nascimento da nação em ritornelos da Terra que exibem um povo preexistente à sua própria fundação, e que corroboram uma utopia transcendente, a utopia como “algo melhor para onde escapar”. Em seguida, analisaremos A Viagem dos Comediantes (1975) de Angelopoulos, onde as canções em canto amador à capela funcionam como atos de resistência, em ritornelos do Povo de uma nação em transição histórica, e a utopia só pode ser pensada enquanto “ação e paixão revolucionárias”, nos termos de Deleuze e Guattari em O Anti-Édipo. Por fim, examinaremos os momentos musicais de outro longa de Angelopoulos, O Passo Suspenso da Cegonha (1991), onde da conjunção entre ruídos e silêncio no limiar da fronteira surgem ritornelos modernos, moleculares ou desterritorializados que conjuram um povo por vir, ainda-não-existente, e onde a utopia remete ao interstício entre o aqui-agora e o lugar-nenhum, tal qual aparece em O que é a filosofia?, outra obra de Deleuze e Guattari. |