Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Riolino, Carolina Silva
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Orientador(a): |
Diniz, Cláudio Galuppo
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Banca de defesa: |
Machado, Alessandra Barbosa Ferreira
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Paula, Thais Oliveira de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17979
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Resumo: |
A obesidade é um problema multifatorial cada vez mais prevalente nos dias de hoje, especialmente em indivíduos de menor idade devido a características específicas desse grupo. Esse problema de saúde tem como origem um desequilíbrio entre a ingestão e gasto calórico, porém também é influenciado por diversos fatores, como a predisposição genética, resistência a insulina, variáveis comportamentais, nutricionais, bioquímicas, sociais e até mesmo, como sugerem alguns estudos, pela composição microbiológica dos indivíduos. Esses estudos apontam que a microbiota intestinal é intimamente conectada com a saúde de seus hospedeiros, afetando diversos processos biológicos, neurológicos, inflamatórios e patogênicos. Sendo indentificado que os filos Firmicutes e Bacteroidetes e a medida da razão entre eles pode ser relevante e estar correlacionada com a prevalência dessa comorbidade. Com o auxílio de exames bioquímicos e levantamento de dados comportamentais e nutricionais, o acompanhamento nutricional adequado surge como uma alternativa ao tratamento desta comorbidade. Uma abordagem eficaz pode evitar deficiências nutricionais, excessos alimentares, além de incentivar o consumo de uma dieta variada, com diferentes grupos de alimentos frescos e minimamente processados, promovendo hábitos alimentares e comportamentais, melhorando assim vários indicadores associados a obesidade. Este estudo avaliou o impacto do acompanhamento nutricional nos indicadores clínicos para controle da obesidade de pacientes adolescentes e correlação com alterações na microbiota pela medida da relação Firmicutes e Bacteroidetes no metagenoma fecal. De 35 indivíduos na amostra, 11 voluntários concluíram todas as etapas do estudo longitudinal com 6 meses de duração. Os dados colhidos por meio do acompanhamento clínico e laboratorial apontam que apesar da melhora na média do IMC (de 31,7 para 29,6) e na qualidade da alimentação, com alterações relevantes no aumento da ingestão de carboidratos (50,6% para 55,7%) e redução na ingestão de lipídeos (de 25,9% para 20,6%) não houve alterações significativas na maioria dos indicadores clínicos, sendo destacada apenas uma alteração no índice de HOMA Beta que teve sua média reduzida de 413,2 para 286,6 durante o período analisado o que parece refletir na melhora da secreção da insulina pelo pâncreas. A variação da média dos valores da relação Firmicutes/Bacteroidetes entre as avaliações foi discreta, mas relevante, de 3,02 para 1,89. Por meio de uma análise de correspondência múltipla, foi possível notar que embora a alteração global na microbiota e o quantitativo de ingestão calórica não tenham seguido um padrão de agrupamento, todos os outros parâmetros se correlacionaram positivamente com a evolução dos participantes no período avaliado, porém a relação Firmicutes/Bacteroidetes apresentou pouca influência ou relevância no desfecho clínico dos participantes o que sugere que a estrutura global da microbiota do trato gastrintestinal pela medida a razão Firmicutes/Bacteroidetes não foi um marcador adequado, neste estudo, para medir, relacionar ou estratificar o sucesso clínico dos participantes, se comparado com outros marcadores bioquímicos ou nutricionais. Esses resultados podem auxiliar no tratamento da obesidade em indivíduos com menor idade, porém também evidenciam que o desenvolvimento de novos trabalhos com esse perfil dos participantes necessita ser mais explorado, visto que há características bioquímicas, microbiológicas, sociais e antropométricas específicas para essa população. |