Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Caproni Neto, Henrique Luiz
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Orientador(a): |
Pereira, Rafael Diogo
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Banca de defesa: |
Paula, Ana Paula Paes de
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Prado, Marco Aurélio Máximo
,
Bicalho, Renata de Almeida
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
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Programa de Pós-Graduação: |
-
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Departamento: |
-
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6975
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Resumo: |
Busquei na presente dissertação compreender o fazer e o desfazer do gênero de drag queens de Belo Horizonte, utilizando especialmente as obras de Judith Butler (2003, 1993, 1997, 2004). O referencial teórico foi estruturado com base na discussão sobre o gênero em uma visão não essencialista, considerando-o como um fazer, e não uma propriedade dos sujeitos; e as críticas ao binarismo de gênero; e na problematização da questão transgender, sem a pretensão de esgotá-la, dada sua complexidade. Abordo também o fazer e o desfazer do gênero com apoio principalmente em Judith Butler, autores organizacionais e das ciências sociais; a hetero(norma) e a (des)identificação, com foco nas reflexões de Butler sobre o sujeito relacionado diretamente com as normas sociais, tendo em vista que as identificações nunca são completas, possibilitando diferenciações e subversões; a performatividade, a paródia e a performance de gênero, diferenciando-as e reconhecendo a performatividade imbricada com a reiteração das normas discursivas; uma breve introdução sobre o mundo dxs drags, especialmente, com foco nos estudos brasileiros. Destarte, realizei uma pesquisa qualitativa, com uma epistemologia pós-estruturalista, por meio narrativas de biográficas de dez drag queens, com inspiração na análise crítica do discurso de Fairclough (2003, 2008). A análise foi pensada a partir da obra e dos conceitos de Judith Butler tendo as seguintes categorias: Performances que contém as subcategorias sobre performances, produções e cachês, performances com o público "hétero" e "LGBTIQ", performances e sentimentos, e humor; As relações entre drags: famílias, "amigxs", "colegas" e jogos de poder; Em busca de reconhecimento para x drag queen; (Des)Identificações; e Fazendo e desfazendo gênero. Por fim, as considerações remetem à complexidade e ambivalência dessa temática nas identificações, fazeres, desfazeres e contingencialidade do gênero. Também, pensou-se na possibilidade de uma relação direta com estudos organizacionais críticos, tendo vista que a matriz heteronormativa habita a administração, mas não impede que criemos matrizes rivais. |