Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Mesquita, Marina Leitão |
Orientador(a): |
Rios, Luís Felipe |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12110
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho consiste em analisar a prática do amadrinhamento entre transformistas e drag queens, buscando compreender os significados atribuídos ao estabelecimento de laços socioafetivos e às suas experiências concernentes a vivência transgênero. Para compreender tais questões, a metodologia empregada nesta pesquisa consistiu em descrever densamente os fenômenos relativos às experiências e às práticas das integrantes da família investigada, com o intuito de construir uma etnografia do amadrinhamento. Nesse sentido, observei seus processos de montagem corporal, que precedem a realização de espetáculos; compareci aos ensaios preparatórios para suas performances; acompanhei todo o planejamento e preparação de um importante espetáculo e compareci aos seus shows noturnos, atentando para as reações do público. Foram realizadas, também, entrevistas em profundidade semiestruturadas com seis membros do grupo. Foi possível observar que o amadrinhamento se configura em um tipo de relacionamento complexo, que se estabelece entre uma transgênero experiente e uma iniciante. A relação é principiada a partir do repasse do sobrenome e sugere que a preceptora auxilie, conceda apoio e ensine seus conhecimentos sobre as técnicas de montagem e performance. Reciprocamente, à iniciada caberá demonstrar sua gratidão e adotar uma série de exigências estéticas e comportamentais consideradas ideais pelo grupo. Portanto, há uma convergência entre práticas tradicionais e subversivas, no que tange às similitudes com o compadrio e à performance de gênero das artistas trans, que não se adequa a uma matriz heteronormativa, Engendram-se, ainda, relações de poder evidenciadas pela busca do prestígio e pela capacidade de proporcioná-lo através da doação do nome, articulando-se a relações recíprocas de transmissão de saberes e apoio mútuo. |