O caldeirão da bruxa: a magia e o sincretismo religioso na Wicca
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00016 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14172 |
Resumo: | A Wicca é uma religião criada no seio da modernidade, no século XX. Sua crescente popularização chama atenção na tentativa de compreender suas relações com a modernidade e a estruturação de sua resposta e agenda contracultural. A presente tese visa alçar compreensões, ensaios e reflexões mais profundas da relação da Wicca com as críticas contramodernas da atualidade. Desse modo, a Wicca aqui é entendida como uma instituição intermediária, capaz de desempenhar um papel de mediação entre o religioso e o social, aqui entendido na privatização religiosa, e, portanto, uma mediação entre os sentidos e valores individuais e o coletivo plural da modernidade. Os ensejos de uma afirmação enquanto religião consolidada da Wicca a conduz em importantes revisões de sua prática e adaptabilidade no mundo moderno, fazendo com que, da assertividade de suas respostas, dependa suas relações mais amplas com o cenário e o circuito em que está inserida nos meios pagãos e na Bruxaria Moderna. Através da pesquisa de campo em um coven wiccano em São Paulo/SP e em fóruns virtuais e pautada na observação participante assumida numa postura subjetivada de mediação entre o pesquisador e o interlocutor, conjuntamente com a revisão bibliográfica acadêmica e nativa, a presente tese apresentará articulações de como essa relação se dá, trabalhando a relação entre Wicca e modernidade a partir tanto de sua estrutura religiosa, institucional, do estudo de uma liderança local e da articulação de seus participantes. Desse modo, é possível alçar voos em direção à compreensão tanto das agendas absorvidas pela Wicca, quanto de sua inserção nas lutas contra hegemônicas da modernidade. Permeando essa compreensão, poderemos também entender como a Wicca responde à “crise de sentido da modernidade” apontada por Berger e Luckmann (2012) e como essa resposta pode ser mais bem adequada a partir das críticas internas erigidas à “Religião das Bruxas”. |