A revolta que não houve: Adhemar de Barros e a articulação contra o golpe civil-militar (1964-66)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ruiz, Carlos Henrique dos Santos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/157071
Resumo: Em 1º de abril de 1964, é derrubado o presidente constitucional da república João Goulart, consolidando o Golpe Civil-Militar, depois de uma Crise de Hegemonia. No entanto, o novo período não foi de tranquilidade política, havendo tanto contestações e tentativas de revolta por grupos de oposição quanto disputas entre os grupos políticos no poder, que ficou polarizado entre os “moderados” e os “duros” para definir qual seria o projeto hegemônico dirigiria o Bloco Histórico. De início, muitos participantes e apoiadores do golpe acreditavam que os militares logo devolveriam o poder aos civis. Mas a prorrogação do mandato do General Castelo Branco e a consequente cassação de expoentes históricos civis que apoiaram o golpe como Juscelino Kubitschek, outras lideranças começaram a perceber que um grupo dos militares procurava se hegemonizar no poder e estava conquistando espaço, com projeto político próprio. O Governador de São Paulo Adhemar de Barros entendeu que seria o próximo político a ser cassado. Face à impopularidade do regime devido à crise econômica, ele se alia a vários grupos políticos descontentes distintos, entre os quais a esquerda nacionalista e ligada ao PCB, e a militares descontentes, como o General Amaury Kruel, entre outros, articulando-se com ele à frente de um contragolpe. No entanto, a revolta não aconteceu, e Adhemar de Barros teve o mandato de governador cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos. O objetivo deste trabalho é fazer uma retomada histórica da tentativa de revolta, e ao mesmo tempo uma análise política, tendo como referencial o conceito de Hegemonia e Crise de Hegemonia em Gramsci. Com isso, a pesquisa se propõe a responder: O que foi a Revolta? Quem participou dela? Qual o seu poderio militar? Quais seus objetivos políticos? Teve ramificações em outros estados? Por que ela não ocorreu? Para realizar isso, será discutido na Introdução o referencial teórico e a principal liderança da conspiração Adhemar de Barros. No Capítulo 1, será retomado historicamente o governo João Goulart, tendo como base o conceito de Crise de Hegemonia. No Capítulo 2, será retomado o governo Castelo Branco, tendo como enfoque a disputa hegemônica entre “moderados” e “duros”, além de retomar outras contestações do período. E no Capítulo 3, será discutido e analisado “A Revolta que Não Houve”, tendo como base o referencial teórico. Por fim, nas Considerações Finais, será discutido o resultado obtido na pesquisa.