Como as empresas brasileiras de capital aberto escolhem sua estrutura de capital?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Canongia, Diogo Senna lattes
Orientador(a): Perobelli, Fernanda Finotti Cordeiro lattes
Banca de defesa: Freguglia, Ricardo da Silva lattes, Behr, Patrick Gottfried lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Economia
Departamento: Faculdade de Economia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/717
Resumo: A partir de Modigliani e Miller (1958) foi iniciada uma vasta discussão sobre a estrutura de capital das empresas. Entre as teorias que emergiram ao longo dos anos, destacase aquelas baseadas no equilíbrio (trade-off) entre benefícios e custos da dívida e a Pecking Order Theory, cuja criação é atribuída a Myers e Majluf (1984). Por outro lado, Almeida e Campelo (2010) apontam o fato de que as teorias até então abordadas negligenciavam o papel da restrição financeira na decisão dos gestores, afirmando que o comportamento das empresas financeiramente restritas poderia ser substancialmente distinto das demais. Shyam- Sunders e Myers (1999) mostram ainda que a maioria dos testes empíricos que confirmam, ora uma teoria, ora outra, carecem de poder estatístico, visto que uma teoria poderia mostrarse correta, ainda que as empresas se comportem de acordo com a teoria alternativa. Dessa forma, propõem um novo teste baseado em simulações para confrontá-las. A partir de uma base de dados com empresas brasileiras de capital aberto, entre 2000 e 2013, é proposto um teste amplo, que visa avaliar simultaneamente as principais proposições teóricas sobre trade-off. Num segundo momento, é proposto um novo teste para a Pecking Order Theory, que incorpora em sua forma funcional a questão da restrição financeira, levantada por Almeida e Campelo (2010). Posteriormente, objetiva-se confrontálas a luz do teste do poder estatístico proposto por Shyam-Sunders e Myers (1999). As teorias baseadas em trade-off apontam para a presença de custos de ajustamento, havendo ainda uma folga financeira de 7% para realocação de dívida em direção a um ponto ótimo, de acordo com suas características. A Pecking Order Theory com restrição financeira também é confirmada, de modo que as empresas que não sofrem restrição assumem dívida exatamente na proporção de seu déficit (incluído o investimento pretendido) enquanto nas demais empresas, sob restrição, o endividamento não se mostra correlacionado com o referido déficit. Por fim, entretanto, ambas as teorias falham para o teste do poder estatístico, mostrando-se “corretas” mesmo sob bases de dados simuladas pela teoria alternativa. Ademais, é proposto um teste para a determinação da estrutura da dívida per si, considerando a determinação simultânea entre o curto e o longo prazo, assim como a opção entre a dívida privada e a emissão pública de títulos.