Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Lívia dos Remédios Pamplona de
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Orientador(a): |
Chebli, Júlio Maria Fonseca
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Banca de defesa: |
Pace, Fábio Heleno de Lima
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Bertges, Luiz Carlos
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16613
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Resumo: |
As doenças inflamatórias intestinais (DII) apresentam frequentemente alterações hepáticas. O aumento na prevalência de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) tem sido amplamente relatado em portadores de DII, permanecendo ainda incertos os mecanismos pelos quais essas duas doenças estão comumente associadas. A DHGNA, atualmente reconhecida pela nova nomenclatura Doença Hepática Esteatótica associada à Disfunção Metabólica (DHE-MET), é definida pela presença de esteatose hepática em exame de imagem e de pelo menos um fator de risco cardiometabólico. Os objetivos deste estudo foram avaliar a prevalência de DHGNA em pacientes portadores de DII e os possíveis fatores de risco relacionados à presença de DHE-MET nesses pacientes. Foi realizado um estudo transversal em adultos portadores de DII no Centro de DII do Hospital Universitário-EBSERH-UFJF, no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2021. Foram excluídos pacientes com consumo de álcool ≥ 20g/d, doenças hepáticas crônicas de outras etiologias ou uso de metotrexato. Dados clínico-demográficos, características inerentes à DII e perfil hepático foram coletados e expressos em frequência, média e desvio-padrão. Para os modelos de predição de DHE-MET foram realizados modelos de regressão logística binária. Foram incluídos 140 pacientes; 67,1% eram do sexo feminino, com média de idade de 49,7 ± 13,7 anos, e 63,6% tinham doença de Crohn. A duração média da DII foi de 9,7 ± 7,9 anos. DHGNA foi evidenciada em 45% dos pacientes e DHE-MET, em 44,3%. Em 63,5% a fibrose avançada pôde ser excluída pelo FIB-4. Pacientes com DHE-MET eram mais velhos (p=0,003) e apresentavam maior número de componentes da síndrome metabólica (SM) (2,9 ± 1,1 versus 1,6 ± 1,0; p< 0,001), maior circunferência abdominal (p< 0,001) e índice de massa corporal (p < 0,001). O único fator relacionado à DII que se associou à DHE-MET foi a duração da doença (11,6 ± 9,5 versus 8,3 ± 6,2; p= 0,017). Maior número de componentes da SM e obesidade aumentaram em 2,2 vezes e circunferência da cintura alterada aumentou em 2,9 vezes a ocorrência de DHE-MET. Observou-se uma elevada prevalência de DHGNA em pacientes com DII, sendo os principais fatores de risco relacionados à SM, e não às características da DII ou ao seu tratamento |