Lugares de memória em disputa: ditadura, comissões da verdade e tempo presente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Almeida, Karina Avelar de lattes
Orientador(a): Perlatto, Fernando lattes
Banca de defesa: Quadrat, Samantha Viz lattes, Campos , Yussef Daibert Salomão de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00011
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13807
Resumo: A presente pesquisa se propõe a investigar as disputas relacionadas aos lugares de memória da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985) no tempo presente, analisando a inserção dessa temática na justiça de transição do país e sua trajetória diante das mudanças que ocorreram na conjuntura política nacional em tempos recentes. Para tanto, serão analisadas as recomendações relativas aos lugares de memória feitas por comissões da verdade brasileiras (sobretudo a Comissão Nacional da Verdade e as Comissões estaduais de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais), bem como o tratamento recebido por essas recomendações após a extinção de tais órgãos. Parte-se da hipótese de que as comissões da verdade representaram oportunidades de aprofundar as reflexões sobre como lidar efetivamente com o legado das violações de direitos humanos perpetradas durante a ditadura, incluindo-se o tema da necessidade de instituição de lugares de memória, medida regularmente recomendada por tais órgãos. No contexto subsequente ao encerramento das atividades das comissões, contudo, o processo de implementação de tais medidas se mostrou complexo e resultou na atualização de disputas e conflitos de memória em torno desse passado. Diante da crise política, do fortalecimento de grupos de extrema-direita e das dificuldades de avançar institucionalmente no âmbito da justiça de transição no país nessa conjuntura, agentes sociais e políticos atuaram no sentido de desenvolver ações de memorialização, sobretudo nos meios digitais, capazes de ressignificar e visibilizar os lugares de memória da ditadura, revelando a diversidade e a conflituosidade das memórias sobre o período e buscando seu reconhecimento na esfera pública