Comportamento hemodinâmico e autonômico vagal durante e na fase de recuperação pós teste de resistência muscular periférica em pacientes cirróticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Paula, Isabela Souza de lattes
Orientador(a): Martinez, Daniel Godoy lattes
Banca de defesa: Pace, Fäbio Heleno de Lima lattes, Mira, Pedro Augusto de Carvalho lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação Física
Departamento: Faculdade de Educação Física
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11906
Resumo: Introdução: A cirrose hepática tem envolvimento multissistêmico e está associada a circulação hiperdinâmica e disfunção autonômica. O exercício físico é uma manobra fisiológica estressora que gera respostas hemodinâmicas e autonômicas, podendo ter impacto prognóstico e aplicação clínica potencialmente relevante. Objetivo: Avaliar o comportamento hemodinâmico e autonômico vagal durante e na fase de recuperação pós teste de resistência muscular periférica em pacientes com cirrose hepática. Métodos: Foram avaliados 50 pacientes cirróticos (Grupo Cirrótico) e 40 indivíduos sem cirrose (Grupo Controle) pareados por idade e IMC (59±13 anos vs. 57±13 anos, p=0,58 e 28±5 Kg/m² vs. 28±4 Kg/m², p=0,94, respectivamente). Ambos os grupos realizaram teste dinâmico de resistência muscular periférica por meio do dinamômetro de preensão manual digital EGM®, com força alvo de 45% da contração voluntária máxima em ritmo de 60 ciclos de contração/relaxamento por minuto até a falha, caracterizada por três contrações consecutivas sem atingir a força alvo. Pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD) e pressão arterial média (PAM), além da frequência cardíaca (FC), foram registradas pelo monitor multiparamétrico DIXTAL®, antes, durante e após o teste de resistência muscular periférica. A avaliação autonômica vagal foi realizada em uma subamostra de 32 cirróticos e 24 controles, nos momentos pré (10 minutos), durante o protocolo de exercício físico proposto e pós (10 minutos) pelo cardiofrequencímetro Polar® V800. Posteriormente, no programa Kubius, foi feita a análise Time-Varying da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e calculado o índice RMSSD30s, indicador da modulação autonômica vagal. Utilizou-se ANOVA de 2 fatores para medidas repetidas seguida do post hoc de Bonferroni. Foi considerado significativo p 0,05. Resultados: A PAS aumentou no pico do exercício em relação ao repouso (efeito tempo, p<0,01) e retornou aos valores basais no primeiro minuto da recuperação (efeito tempo, p=1,00) de forma semelhante entre os grupos (efeito grupo, p=0,07). Em ambos os grupos, PAD e PAM aumentaram no pico do exercício em relação ao repouso (efeito tempo, p<0,01) de forma similar entre os grupos (efeito grupo, p=0,18). O índice RMSSD30 diminuiu no pico do exercício em relação ao repouso (efeito tempo, p<0,01) e retornou aos valores basais no primeiro minuto da recuperação (efeito tempo, p=0,29) de forma semelhante entre os grupos (efeito grupo, p=0,64). Conclusão: Pacientes cirróticos apresentam resposta hemodinâmica e autonômica preservadas durante e na fase de recuperação pós teste de resistência muscular periférica. Porém, apresentam valores absolutos reduzidos de PAD e PAM em comparação ao grupo controle.