Condições de risco e acidentes no trabalho de técnicos administrativos em educação de uma universidade pública

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Costa, Josiani Flores da lattes
Orientador(a): Silva, Girlene Alves da lattes
Banca de defesa: Facas, Emílio Peres lattes, Keller, Edelvais lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3780
Resumo: Os estudos sobre o perfil dos trabalhadores públicos no Brasil indicam a necessidade de mais investigações. As estatísticas oficiais dos acidentes e das doenças relacionadas ao trabalho fornecidas pela Previdência Social excluem os funcionários públicos estatutários civis e militares vinculados à União, aos estados e aos municípios. Os riscos no ambiente de trabalho são inerentes às atividades produtivas e variam de acordo com a atividade exercida. Pensando nisto, este estudo teve como objetivo analisar as condições de risco no trabalho dos Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) através da descrição do perfil desse trabalhador e da sua percepção quanto às condições e riscos do trabalho na UFJF, relacionando-os com a ocorrência de acidentes de trabalho. Para isto foi feito um estudo epidemiológico transversal envolvendo 833 servidores TAEs da UFJF. A coleta de dados foi realizada através da aplicação de um questionário autopreenchível, instrumento do “I Inquérito sobre condições de Trabalho e de Vida dos Trabalhadores da UFJF”. Os dados foram processados através do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20. A análise dos resultados mostrou que os TAEs da UFJF possuem como características gerais ser uma população com distribuição numérica próxima à paridade entre os sexos, com um pouco mais de representantes do sexo masculino (51,5%), com média de idade de 47 anos; a população é predominantemente de cor/raça autodeclarada branca (67,1%), casada ou vivendo em união estável (63,7%), com nível de escolaridade de pós-graduação (54,4%), renda familiar entre 05 e 10 salários mínimos (45,8%), trabalham em um único emprego (83,9%), com carga horária de 40 horas semanais ou mais (59,4%), no turno diurno (82,8%) e desempenham a função atual entre 01 e 10 anos (52,4%). As condições de risco mais citadas como presentes no ambiente de trabalho foram: o ruído constante ou incomodo (25,0%), agentes biológicos (24,0%), calor intenso (23,3%) e, poeira e gases (22,1%). Das exigências do trabalho para com o seu corpo, as condições mais citadas foram permanecer muito tempo sentado (44,9%), gestos repetitivos (41,1%) e permanecer muito tempo no mesmo local (38,3%). Outras questões ergonômicas como ter que fazer várias coisas ao mesmo tempo (52,8%), frequentes interrupções (53,4%) e agressões verbais (42,0%) também foram bastante referidas. Na análise bivariada a variável sexo feminino foi a única que mostrou relação estatística válida com a ocorrência de acidentes de trabalho. Este estudo fica como contribuição aos gestores e trabalhadores para reflexão sobre os possíveis fatores de risco existentes no ambiente de trabalho, incentivando as discussões sobre formas de eliminá-los ou atenuá-los.