A linguagem como instrumento de resistência em tempos de exceção no romance: tudo o que tenho levo comigo, de Herta Müller

• Ano de defesa: 2013
• Autor(a) principal: Lopes, Scheila Mara Batista Pereira
• Orientador(a): Pereira, Prisca Rita Agustoni de Almeida
• Banca de defesa: Pereira, Edimilson de Almeida , Blume, Rosvitha Friesen , Furtado, Fernando Fábio Fiorese , Silva, Maria Andréia de Paula
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
• Departamento: Faculdade de Letras
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Linguagem; Testemunho; Tempos de exceção; Language; Testimony; Times of oppression
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
• Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1198

O presente texto propõe uma reflexão sobre a linguagem como instrumento de resistência e de elaboração e reelaboração de traumas vividos em tempos de exceção. Através da sobreposição das camadas sujeito-memória-história, a linguagem vai dando forma ao silêncio que envolve a necessidade de narrar o que foi vivido, mas que se confronta com a impossibilidade de relatá-lo, por parecer inverossímil. Para orientar nosso estudo, tomamos como objeto o romance Tudo o que tenho levo comigo, da escritora romena Herta Müller. A questão que move nossa pesquisa é como a linguagem vem sendo construída para narrar experiências traumáticas, vividas em períodos de exceção, posto que neles o sujeito sofre um processo de dessubjetivação e fragmentação da identidade. No decorrer deste estudo, traçamos características peculiares da escritura mülleriana que, política e esteticamente, constroem um discurso, convocando o leitor a olhar, numa perspectiva metonímica, a história existente por detrás de uma outra história que – oficial – oculta a dos oprimidos.