Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Priscila Ferreira de
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Orientador(a): |
Fontes, Ana Maria Moraes
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Banca de defesa: |
Santos, Ilka Schapper
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Diniz, Margareth
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6098
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Resumo: |
A medicalização se refere à interferência da medicina no corpo social, produzindo interpretações médicas e biológicas de questões humanas que, originalmente, seriam de outra ordem. Nesse sentido, deparamos na atualidade com situações, próprias do campo educativo, que são deslocadas para o campo médico, levando à medicalização de crianças e do fracasso escolar. Ao olhar para origem da entrada do discurso médico na educação, deparamos com o fato de que ela coincide com o início de uma proposta de universalização educacional. À medida que a educação começou a se estabelecer como direito social e visou a se massificar, ela se confrontou com um paradoxo: ao mesmo tempo em que se almejava ser extensível a todos os cidadãos, o desafio de lidar com a diversidade se impôs. É o paradoxo entre a igualdade e a diferença que começou a habitar a educação. É nesse contexto que a medicina e a psicologia nascente, alicerçada no meio médico, começaram a se fazer presentes no meio educativo e, com seus métodos de classificação e testagem, serviram à ordenação e à homogeneização das diferenças que passaram a adentrar nas escolas. Diante disso, uma questão se levanta: se o discurso médico-psicológico se introduziu na educação para responder ao paradoxo igualdade/diferença no início do processo universalizante, podemos dizer que a medicalização na educação seria uma das respostas, na atualidade, frente a esse mesmo paradoxo? É somente num momento recente, das últimas décadas, que a universalização se consolidou e se ratificou. E, justamente no momento em que ela se consolida, intensifica-se a presença do discurso médico-psiquiátrico na educação, que tem levado à medicalização de crianças e da prática educativa. Tudo isso nos faz interrogar sobre as possíveis relações entre a medicalização na educação e o processo de universalização atual, haja vista termos a interpolação entre o discurso da diversidade e da inclusão – presente na proposta de universalização atual – e a medicalização, com seus mecanismos excludentes. O que faz, então, conviverem lógicas tão antagônicas? Baseando-se no que a psicanálise traz sobre a linguagem e a estrutura simbólica que nos cerca, buscamos discutir de que maneira a medicalização tem mascarado as tensões presentes na sustentação desse paradoxo no campo educacional. Esta dissertação é resultado de uma pesquisa bibliográfica, que, no entanto, caminha no rastro de inquietações surgidas em experiências de trabalho, na clínica com crianças e na interlocução com o campo educativo. |