Da criança a matar à morte da criança: reflexões psicanalíticas sobre a medicalização na infância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Kamers, Michele
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-14112018-160943/
Resumo: A partir da investigação dos determinantes históricos e sociais que transformaram a escola em um dispositivo regulador da inclusão da criança no domínio do saber médico psiquiátrico, busca-se discutir o lugar e a função que a medicalização na infância tem ocupado no laço social, fundamentalmente, para as instituições que se ocupam da criança na atualidade. Para tanto, retoma de que maneira se produziu a constituição de um saber e de discursos psicológicos e psiquiátricos sobre a criança, investigando de que maneira esses discursos produzem obstáculos ao processo educativo e civilizatório, numa lógica em que o mal-estar, quando não reconhecido, retorna ao discurso sob a forma de patologia. Ocasião em que a criança é transformada em objeto de amor eterno ou de pesquisa científica, impedindo a morte da representação narcísica primária do infans no laço social que, organizado a partir do discurso da ciência e do capitalismo, sustenta a promessa do encontro entre o ideal e o sujeito numa lógica em que a medicalização sustenta a possibilidade de realização dessa promessa, mesmo às custas da morte do sujeito