Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Fontanella, Fábio Silva
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Orientador(a): |
Araújo, Paulo Afonso de
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Banca de defesa: |
Dreher, Luís Henrique
,
Gross, Eduardo
,
Fragozo, Fernando Antonio
,
Amaral, Márcio Tavares d' |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3350
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Resumo: |
A metafísica é o fundamento de toda a história ocidental e é desse fundamento que nasce a técnica. Mas como Heidegger entende a questão da técnica? Qual será o destino de nossa civilização agora que vivemos o perfeito cumprimento da metafísica? Fundamentalmente, o desafio da exploração tecnológica leva o homem a dispor o real como matéria-prima, ou melhor, a natureza passa a ser vista como recurso natural passível de fornecer energia para nosso mundo totalmente administrado. Não obstante, devemos entender a técnica como um modo de revelação do ser como tal. Ela é tanto um destino enviado pelo ser quanto um de seus modos de interpretação. Pensar a técnica como questão, só se coloca a quem se interessa pelo ser, àqueles que, misteriosamente, de algum modo ainda ouvem o seu apelo, apesar de estarem cada vez mais cercados por sua recusa. Heidegger não se deleita em celebrar o niilismo; ao mesmo tempo em que admite a perigosa hegemonia do pensamento técnico e meramente calculador, ele confia que todo este processo guarda ainda a promessa de um “amanhã” mais rico de sentido, onde finalmente se descortinará ao homem a possibilidade de recolocar a interrogação sobre o ser de um modo mais originário. Tal como Hölderlin, Heidegger acredita que no momento de maior perigo cresce também aquilo que salva. Mais precisamente, o pensador crê que com a técnica nos preparamos para sermos restituídos ao caminho que novamente nos conduzirá ao próprio dar-se ou “essencializar-se” [Wesung] do ser, que Heidegger chama de Ereignis. Talvez este horizonte se encontre muito próximo; tão próximo que muito facilmente não o vemos. Diante disso, empreendemos experimentalmente a tentativa de demonstrar como a filosofia heideggeriana, ao pensar a essência da técnica, abre espaço para que pensemos uma nova relação do mundo moderno com o sagrado e o porvir de uma habitação poética do homem no mundo. |