Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Rafael, Maria Aparecida
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Orientador(a): |
Pires, Frederico Pieper
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Banca de defesa: |
Araújo, Paulo Afonso de
,
Ribeiro, Glória Maria Ferreira
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1616
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Resumo: |
Nessa pesquisa busca-se desenvolver a relação entre a questão da Serenidade e abertura para o Sagrado no pensamento do filósofo alemão Martin Heidegger (1889- 2976). Partindo da articulação entre a metafísica e a questão da técnica, esta pesquisa busca refletir em que medida a última etapa da metafísica, que, segundo Heidegger, é caracterizada pelo domínio do ente em relação ao ser, elevou a expansão técnica ao nível planetário, trazendo como conseqüência não só o desenraizamento da essência humana, como também próprio ocultamento do sagrado do mundo. O máximo domínio do ente em relação ao ser se evidencia por meio da própria hegemonia do pensamento calculador sobre o pensamento que medita. Esse dois tipos de pensamento regem a própria essência da técnica moderna. Ambos são importantes e necessários. No entanto, Heidegger alerta que o pensamento calculador está se tornando absoluto e devido a isso a Técnica se apresenta então como o único modo pelo qual o homem se realiza no mundo. Segundo o filósofo, esse é o grande perigo da técnica. Mas, conforme diz Hölderlin, “onde cresce o perigo, cresce também aquilo que salva”. O que salva é o próprio pensamento que medita, que reflete sobre o sentido oculto que rege o mundo técnico. A Serenidade, Gelassenheit, aponta para a possibilidade de superar o domínio incondicional do ente em relação ser, na medida em que ela é “deixar-ser” sein lassen diante do mundo técnico. “Deixar ser” não significa ter uma atitude de apatia em relação à técnica a ponto de deixar de fazer uso dos objetos tecnológicos. Mas, trata-se antes de ter uma atitude de desapego diante de tais objetos. A Serenidade acena para uma nova manifestação do Sagrado do mundo, como também aponta para um novo enraizamento da essência humana. O homem ao habitar nas proximidades do ser, se mantém aberto à própria Ereignis, ao dar-se essencial do ser no qual se dá a comumpertença entre homem e Ser. |