Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Portela, Andrea Lomeu
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Orientador(a): |
Pissolato, Elizabeth de Paula
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Banca de defesa: |
Brandão, Ludmila de Lima
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Chagas, Mário de Souza
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Pereira, Luzimar Paulo
,
Olender, Marcos
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4482
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Resumo: |
Os estudos sobre a indumentária reclamam novas perspectivas sobre as redefinições culturais e sobre a historicidade dos modos de uso dentro da realidade local, por isso temos como proposta lançar um olhar sobre a indumentária do Museu Mariano Procópio. Um lugar que intermedia o histórico de uso dos objetos, que, como roupas, estabeleceram complexa aproximação com os corpos que vestiram provocando reflexões diversas. O colecionismo é a forma como estas roupas foram reunidas, conservadas e estão inseridas no presente e, mesmo não estando em um circuito de recepção e de parte das peças permanecerem incógnitas no museu, a intenção é mostrar que os objetos têm vida social. Buscamos minimizar a condição de representação que comumente é dada às roupas, testando outras dimensões dos objetos e desfazendo antológicas dicotomias para pensar estas roupas como objeto de reflexão antropológica. Traçamos a biografia dos objetos de nosso interesse a partir da coleção de Alfredo Ferreira Laje, na qual encontramos três universos de roupas: trajes reais, trajes militares e trajes femininos. Esta subdivisão nos remete ao contexto feminino de uma época carregada de singularidades, o século XIX, período de formação desta coleção de indumentária e de transformação da lógica de sedução das roupas. É quando atua a dimensão da moda, quando se faz presente e, por vezes, se desfaz. Ao longo do trabalho de campo, procuramos compreender as relações sociais que os objetos mobilizam em suas trajetórias de vida, sobretudo em seu estágio atual. As roupas, tanto como outros objetos, são vívidas e interessam aos novos diálogos que o museu busca travar, num processo de reinvenção de si, desafiando os propósitos da modernidade que tentam sobreviver ao século XXI. As relações sociais vividas no presente, mesmo longe das funções originais para as quais as roupas foram concebidas, parecem mostrar como estes objetos continuam dispersando diferentes ações simbólicas e/ou sensitivas, levando em conta o fato de atribuirmos valores humanos às coisas e, igualmente, a situação inversa. A realidade singular do museu atribui um valor intrínseco ao tempo de existência destas peças, revelando as potências diversas que fazem dos objetos mais que mediadores entre os homens e o mundo, mas participantes do mesmo fluxo vital. |