Alterations in the acoustic production of odontocetes across co-occurrence contexts

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pinto, Yasmin Viana lattes
Orientador(a): Andriolo, Artur lattes
Banca de defesa: Duarte, Marina Henriques Lage lattes, Azevedo, Alexandre de Freitas lattes, Lodi, Liliane Ferreira lattes, Nali, Renato Christensen lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00005
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16299
Resumo: Contextos de co-ocorrência entre odontocetos – Parvordem Odontoceti, Infraordem Cetacea - têm sido recorrentemente relatados; no entanto, as implicações da coexistência de espécies no espaço acústico ainda não estão claras. Uma vez que os odontocetos dependem fortemente dos sinais acústicos para forragear, navegar e se comunicar, compreender se as espécies alteram o uso e a estrutura dos sinais acústicos entre os diversos contextos de co-ocorrência de cetáceos pode aprimorar a compreensão do papel acústico na identificação de espécies, comportamento e interações ecológicas. A fim de avaliar o papel acústico e verificar se a estrutura acústica das vocalizações das espécies é afetada nessas interações, a presente tese foi organizada em três capítulos: O primeiro capítulo consiste em uma revisão bibliográfica sobre diferentes contextos de co-ocorrência sob a ótica acústica entre espécies de cetáceos, com foco em odontocetos, e discute as estratégias, especialmente as estratégias acústicas, empregadas por essas espécies em diferentes interações. Os capítulos dois e três utilizaram dados coletados no Oceano Atlântico Sul Ocidental por meio de uma matriz de arrasto acoplada com hidrofones em sua extremidade para avaliar a estrutura acústica entre grupos mistos (MSGs) em comparação com grupos de espécies sozinhas (SSGs). A revisão bibliográfica mostrou a dependência de fatores comportamentais, sociais e filogenéticos na resposta acústica dos animais envolvidos em uma interação interespécie. O capítulo dois utilizou a análise dos assobios para investigar as relações acústicas de Tursiops truncatus quando envolvido em diferentes contextos de grupo: em MSGs com outras duas espécies de delfinídeos e em SSGs. Para verificar as diferenças entre os assobios produzidos nesses contextos, foram implementadas análises de máquina de vetores de suporte e random forest. Ambas as análises mostraram uma nítida separação dos assobios dos MSGs em relação aos SSGs, bem como entre os próprios MSGs. Os resultados indicam que as associações interespecíficas podem influenciar a estrutura dos assobios e sugerem que os assobios de T. truncatus podem ser modificados durante interações interespecíficas. O capítulo três teve como objetivo avaliar o papel acústico e possíveis mudanças acústicas entre SSGs de Peponocephala electra e e MSGs formados por essas espécies através de modelos de classificação random forest construídos a partir dos cliques e assobios produzidos nesses contextos. De maneira geral, os resultados apresentaram diferenças na classificação dos diferentes sinais acústicos (cliques e assobios) ao classificar contextos de SSGs e MSGs: os cliques dos MSGs apresentaram uma baixa taxa de erro de classificação com os SSGs, enquanto os resultados da classificação dos assobios mostraram uma taxa maior de erro de classificação entre MSGs x SSGs em comparação com a classificação entre SSGs. Os resultados apresentam indicativos de que espécies simpátricas podem utilizar estratégias acústicas diferentes para coexistir, influenciadas pela natureza da co-ocorrência, comportamento e espécies envolvidas, uma vez que os odontocetos dependem da acústica para sobrevivência. Os resultados apresentados são úteis para a compreensão das implicações acústicas na formação e interação de grupos interespecíficos e são importantes para elucidar os possíveis fatores subjacentes à plasticidade comportamental e associações interespecíficas, além de aumentar a compreensão acerca da comunicação acústica dos golfinhos.