EST. SOBRE CETACEOS ODONTOCETES ENC. EM PRAIAS DA REGENTRE IGUAPE (SP) E A BAIA DE PARANAGUA (PR) (24 42S-25 28S) COM ESP. REF. A SOTALIA FLUVIATILIS (GERV.1853

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1990
Autor(a) principal: Schmiegelow, João Marcos Miragaia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21131/tde-06012010-152527/
Resumo: O presente estudo foi baseado na ocorrência, análises morfométricas, craniométricas e conteúdo estomacal de cetáceos odontocetes encontrados mortos em praias do sul do Estado de São Paulo (Ilha Comprida e Marujá) e norte do Estado do Paraná (Deserta), no período de abril de 1986 à abril de 1988. Para a espécie mais abundante estimou-se também a idade dos indivíduos pelo número de anéis na camada de dentina. Encontrou-se 100 animais compreendidos em 7 gêneros e 7 espécies pertencentes a 3 famílias. Para a região são caracterizadas pela primeira vez, Delphinus delphis (n=13), Stenella frontalis (n=3) , Kogia breviceps (n=1) e Globicephala macrorhynchus (n=1). Destas, para o litoral e São Paulo são novas S. frontalis e G. macrorhynchus, sendo esta última também descrita pela primeira vez para águas ocidentais do Atlântico Sul. Para o litoral do Estado do Paraná são todas ocorrências novas, com exceção de Sotalia fluviatilis. Esta última foi a espécie mais abundante (n=58) , seguida por Pontoporia blainvillei (n=21). Também foi encontrada a espécie Tursiops gephyreus (n=2) além de 1 delfinídeo não identificado. A ocorrência total dessas espécies seguiu um padrão pouco definido ao longo do ano, ocorrendo em maior número nos meses de inverno e verão. Para a espécie mais abundante, S. fluviatilis alguns dos parâmetros de crescimento foram estimados baseando-se em equações que descrevem relações interespecíficas desses parâmetros. Animais com 6 ou mais anéis foram classificados como maduros fisicamente. Construiu-se uma curva de crescimento a mão livre para a espécie, baseando-se em alguns dos dados fornecidos pelas equações e dados obtidos dos próprios exemplares como número de anéis dos dentes e comprimentos dos corpos; o método de von Bertalanffy para ajuste da curva de crescimento não mostrou-se satisfatório para todas as fases do crescimento da espécie. Ainda para essa espécie analisou-se 5 componentes funcionais do crânio dos exemplares encontrados, obtendo-se 6 anéis para a estabilização do crescimento desses componentes, com excessão do aparato alimentar que atingiu o patamar com 8 anéis. A análise da dieta alimentar dessa espécie mostrou a ocorrência de espécies de peixes demersais pelágicas de superfície comuns na região costeira, sendo a família Sciaenidae a mais abundante. Bicos de lulas pertencentes a 2 ou 3 espécies também foram encontrados em 100% dos estômagos analisados. Encontrou-se em um Estômago camarões pertencentes à espécie Penaeus brasiliensis. Parasitas estomacais pertencentes à família Anisakidae foram encontrados em 28,6% dos estômagos, além de mesma frequência para isópodos parasitas de brânquias de peixes. A maioria dos animais encontrados. Possivelmente foram mortos em redes de pesca na região costeira adjacente às praias estudadas.