Uma abordagem organocatalítica para a vaulfenilação de olefinas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pereira, Adriane Antonia lattes
Orientador(a): Amarante, Giovanni Wilson lattes
Banca de defesa: Oliveira, Kleber Thiago de, Brocksom, Timothy John, Almeida, Mauro Vieira, Santos, Hélio Ferreira dos
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Química
Departamento: ICE – Instituto de Ciências Exatas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
DFT
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10252
Resumo: A adição sulfa-Michael consiste na adição de um nucleófilo de enxofre a uma ligação múltipla ativada por um grupo retirador de elétrons, levando a formação da ligação C-S. Várias abordagens catalílicas foram desenvolvidas usando tióis como nucleófilos. Especificamente no caso da metilsulfenilação, o metanotiol ou o seu sal de sódio são os nucleófilos mais apropriados para essa reação. De forma alternativa, sulfeto de hidrogênio pode ser usado se seguido de metilação na presença de uma base. Embora estejam bem estabelecidos, esses reagentes são caros, difíceis de manusear e apresentam alta toxicidade e baixo ponto de ebulição. Vários trabalhos na literatura apontam o dimetilsulfóxido (DMSO) como um reagente de metilsulfenilação bastante promissor por ser um solvente comercialmente disponível, de fácil manuseio e significativamente mais barato que outros reagentes de enxofre. Entretanto, não há relatos sobre a aplicação deste em reações de sulfa- Michael. Nesse trabalho são apresentadas três novas metodologias de metilsulfenilação em sistemas α,β-conjugados e carbono saturado, empregando DMSO como fonte de enxofre. A primeira metodologia foi desenvolvida em meio às tentativas de triclorometilação de dibenzilideno acetonas (DBA’s). Pela análise de espectros de RMN, espectrometria de massas de alta resolução (EMAR) e experimentos controle, concluiu-se que o produto formado era metilsulfenilado. Com a finalidade de avaliar a generalidade dessa reação, substratos como diferentes chalconas, DBA’s, derivados de aduto de Morita-Baylis-Hillman (MBH) foram empregados em presença de sal de tricloroacetato de portássio (KTCA), ácido canforsulfônico (ACS) como organocatalisador, ácido acético a 100 °C, peneira molecular de 4Å e DMSO como solvente e reagente de metilsulfenilação, sob irradiação micro-ondas. Na tentativa de elucidar o mecanismo, estudos experimentais e cálculos teóricos empregando o método DFT foram realizados. A partir dos resultados destes estudos foi possível propor um mecanismo que passa por uma deoxigenação do DMSO e formação do íon sulfênio, espécie chave nesse trabalho. Este íon foi interceptado quando substituiu o ácido acético por um ácido graxo que levou a formação do éster de metil tiometila (MTM). A segunda metodologia de metilsulfenilação apresentada nesse trabalho consiste em uma reação empregando chalconas, éster de MTM, ACS, acetato de sódio, ácido acético a 100 ° C, peneira molecular de 4Å e DMSO. O éster de MTM é necessário, porém o seu papel não é bem compreendido. A terceira metodologia é mais simples e envolve derivados de adutos de MBH. Nessa reação é utilizado apenas ácido acético, acetato de sódio e DMSO. Todas as metodologias são eficientes, inéditas e levam a formação de produtos sulfenilados em rendimentos de moderados a elevados.