Viveka: a razão discriminativa e seu caráter soteriológico segundo a filosofia de Śaṅkarācārya

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Bruno do Carmo lattes
Orientador(a): Loundo, Dilip lattes
Banca de defesa: Roos, Jonas lattes, Gnerre, Maria Lucia Abaurre lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6686
Resumo: O principal objetivo deste trabalho é investigar e compreender a natureza e a operacionalidade da razão discriminativa (viveka) no empreendimento soteriológico da tradição Advaita Vedānta, principalmente nas obras do filósofo indiano Śaṅkarācārya (séc. VIII), seu maior expoente. Seus tratados (prakaraṇas) e seus comentários (bhāṣyas) destacam a relação entre ātman e Brahman conforme revelada pelos Upaniṣads, que são os textos conclusivos dos Vedas, i.e, sua porção final (vedānta). Os Vedas constituem o cânone literário referente à Revelação védica (śruti), que é o fundamento sagrado da religiosidade indiana. Segundo Śaṅkarācārya, é a ignorância (avidyā) que aprisiona o sujeito, fazendo dele um ser circunstancialmente marcado pelo sofrimento (duḥkha). Portanto, essa condição circunstancial de sofrimento só pode ser superada libertando-se da ignorância. A libertação (mokṣa) da ignorância depende totalmente da presença e da orientação de um mestre (guru/ācārya) consagrado pela tradição, aqui neste caso, pela tradição Advaita Vedānta. Assim, é através do mestre que o discípulo (śiṣya) recebe os ensinamentos upaniṣádicos que conduzem à libertação.