Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Guedes, Ana Lúcia de Lima
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Orientador(a): |
Ribeiro, Luiz Cláudio
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Banca de defesa: |
Andrade, Elisabeth Campos de
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Cordeiro, Gisela Pereira Cardoso
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Magalhães, Maria da Consolação
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Botti, Sérgio Henrique Oliveira
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14503
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Resumo: |
O objetivo deste estudo foi avaliar a implementação das ações de prevenção da transmissão de mãe para filho da sífilis na assistência pré-natal, na Atenção Primária à Saúde no município de Juiz de Fora – Minas Gerais, visando a melhoria do programa. Incialmente foi realizado um estudo de avaliabilidade e posteriormente uma avalição de implementação como partes de uma pesquisa avaliativa colaborativa. Realizou-se um estudo transversal, em 2018 e 2019. O grau de implementação foi estimado através de entrevistas estruturadas com mulheres que realizaram o pré-natal a Atenção Primária à Saúde (399), entrevistas semiestruturadas com mulheres com diagnóstico de sífilis (32), entrevistas com supervisores das Unidades Básicas de Saúde (60), cheklist nas Unidades Básicas de Saúde (58) e pesquisa de dados secundários. Levou-se em consideração dois níveis de análise: mulheres e território. Para a avaliação do grau de implementação foram utilizados normativas do Ministério da Saúde, parâmetros, matrizes de relevância e julgamento e estatística descritiva. Às variáveis selecionadas foram atribuídos pontos, cujo somatório, classificou o grau de implementação das ações de controle da sífilis congênita no município de Juiz de Fora como: aceitável, insatisfatório e crítico. Para analisar a interação da implementação com o desfecho de sífilis gestacional e com o ambiente da intervenção: contexto externo (vulnerabilidades individual e social das mulheres, e vulnerabilidade social do território das Unidades Básicas de Saúde), organização dos serviços (adesão das equipes ao terceiro ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica) e utilização dos serviços de pré-natal (acesso precoce e mínimo de seis consultas), utilizou-se estatística descritiva e análises bivariadas. Análise de conteúdo temático das entrevistas semiestruturadas complementou as avaliações do grau de implementação e da interação da implementação com o ambiente de intervenção e com o desfecho de sífilis gestacional. A terceira etapa incluiu a análise de fatores facilitadores e barreiras à implementação. Os principais resultados foram que o Programa de prevenção de SC tem um grau de implementação “insatisfatório” no que concerne no conjunto de seus componentes. Podemos afirmar que a assistência pré-natal na Atenção Primária à Saúde da cidade de Juiz de Fora está inadequada em seus componentes mais básicos preconizados pelo Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento e Programa Previne Brasil, relacionados ao início precoce e/ou realização de um mínimo de seis consultas. Este dado pode explicar em parte a persistência de resultados perinatais desfavoráveis. Reafirmamos os achados de outros estudos de que são as mulheres com maior escolaridade, maior renda per capita, com companheiro, com idade maior ou igual a 25 anos, sem comportamentos de risco para Infecções Sexualmente Transmissíveis as que tiveram maior implementação das ações de controle da sífilis congênita. Isto revela iniquidades na utilização dos serviços de pré-natal e nas ações de controle da sífilis congênita. |