"É dendê, é catiço" macumbas, narrativas, Joãozinho da Gomeia e resistências: um estudo do livro abre-alas da GRES acadêmicos do Grande Rio em 2020

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Samara Miranda da lattes
Orientador(a): Thomé, Cláudia de Albuquerque lattes
Banca de defesa: Reis, Marco Aurelio lattes, Silva, Edna de Mello lattes, Natal, Vinícius Ferreira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Comunicação
Departamento: Faculdade de Comunicação Social
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18265
Resumo: Com origem nos povos Iorubás, Daonicianos, Mandingas e Bantus, o samba de roda tem na sua espinha dorsal a cultura das tribos do continente africano. As primeiras manifestações datam do século XIX, ganhando nas casas das tias baianas, no início da XX, a legitimação, a força e a organização conhecidas contemporaneamente. Veículos comunicacionais (nos seus enredos, suas manifestações e nos seus toques de tambor), as escolas de samba, nascidas do samba de roda, são meio de informação, perpetuação e oposição a narrativas hegemônicas. O livro abre-alas sobre os desfiles das escolas de samba é o material entregue aos jurados e à imprensa que norteia o julgamento e a cobertura jornalística, onde estão contidas a ficha técnica, o enredo, a justificativa e a letra do samba. Após os festejos, são fontes ricas de pesquisa e investigação. A partir da metodologia de Luiz Gonzaga Motta (2013), a pesquisa analisa a narrativa concebida pelo Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Grande para o desfile de 2020, no livro abre alas, investigando o narrar resistente e a eclosão da memória subterrânea do sacerdote do Candomblé de Angola João Alves de Torres Filho, o Joãozinho da Gomeia. A pesquisa detectou que a narrativa concebida agremiação é resistente, tanto pelos temas que concebem as narrativas, tanto pelas maneiras como as fazem, reforçando o seu posicionamento contra o racismo, preconceito e intolerância religiosa. O resgaste da memória da Escola através da eclosão da memória subterrânea do personagem, a criação de novas narrativas e potência comunicativa da agremiação também foram resultados encontrados.