Associação entre fragilidade e comorbidades em idosos não-institucionlizados e seu impacto em desfechos negativos de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Barbosa, Sergio Ribeiro lattes
Orientador(a): Colugnati, Fernando Antônio Basile lattes
Banca de defesa: Dias, Rosângela Corrêa lattes, Silva Fernandes, Natália Maria da lattes, Colugnati, Fernando Antonio Basile lattes, Reboredo, Maycon de Moura lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/429
Resumo: INTRODUÇÃO: Síndrome médica com múltiplas causas e contribuintes, a fragilidade é caracterizada pelo declínio das reservas fisiológicas e aumento da vulnerabilidade. Representa risco acrescido para eventos adversos em saúde de idosos. Todavia, poucos são os estudos de seguimento que avaliaram o impacto da fragilidade na saúde de idosos brasileiros, além de carências em análises de condições sociodemográficas ou de saúde que possam influenciar na prevalência da síndrome. OBJETIVOS: Avaliar fatores associados a prevalência da síndrome, evolução do quadro e desfechos negativos em saúde relacionados à fragilidade (quedas, hospitalização e óbito). METODOLOGIA: Uma amostra representativa de idosos (n = 424) do município de Juiz de Fora (MG) que foi avaliada quanto a fragilidade (Fried et al., 2001), condições sociodemográficas e de saúde, pelo grupo FIBRA no ano de 2009, foi reavaliada quanto a desfechos negativos em saúde entre os anos de 2014 e 2015 (n = 304) no presente estudo. Através de inquérito telefônico, averiguou-se a ocorrência de quedas, hospitalização, evolução do quadro de fragilidade e mortalidade. RESULTADOS: Nas análises transversais do estudo FIBRA, verificamos o sexo feminino, maior idade, estado civil (relacionamento conjugal estável), pior satisfação com o ambiente, status laboral ativo e responsabilidades financeiras como variáveis sociodemográficas associadas à fragilidade. Doença cardíaca, depressão, acidente vascular cerebral e incontinência urinária foram variáveis clínicas associadas ao quadro, além do maior número de medicamentos e pior autoavaliação da saúde. Quedas e hospitalizações prévias também apresentaram relação com a fragilidade. No seguimento longitudinal, verificou-se maiores incidentes de quedas, hospitalização e óbito entre os frágeis. Nas análises de risco demonstrou-se os pré-frágeis com risco 55% (bruto) e 58% (ajustado) superior de quedas em relação aos indivíduos não-frágeis. Pré-frágeis apresentaram também 50% mais de chances de se tornarem frágeis durante o seguimento e 89% mais chances de falecer em relação aos não-frágeis. Frágeis apresentaram risco aumentado 1,5 vezes (bruta) de falecerem durante o seguimento do que os não-frágeis. CONCLUSÕES: Verifica-se que a prevalência de fragilidade é influenciada por aspectos sociodemográficos e de saúde, e que a fragilidade, assim como a pré-fragilidade, pode aumentar o risco de eventos negativos na saúde de idosos. Sugere-se também fragilidade como um processo dinâmico e que, isoladamente, alguns componentes do fenótipo podem aumentar riscos de quedas, hospitalização e mortalidade em idosos.