Eleições municipais e violência contra a mulher: a ideologia partidária do prefeito importa?

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Gomes, Luziane da Silva
• Orientador(a): Bastos, Suzana Quinet de Andrade
• Banca de defesa: Schiavon, Laura de Carvalho , Vieira, Marcel de Toledo , Rodrigues, Fábio Lúcio , Gama, Fábio Júnior Clemente
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Economia
• Departamento: Faculdade de Economia
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Violência contra a mulher; Regressão descontínua; Mecanismos; Violence against women; Discontinuous regression; Mechanisms
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA
• Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17022

A tese analisou como a eleição de um prefeito de esquerda afetou a violência contra as mulheres nos municípios brasileiros durante o período de 2012 a 2020. A hipótese inicial era de que os políticos filiados a partidos de esquerda dedicavam maior esforço na elaboração e implementação de políticas voltadas ao público feminino. Para testar essa hipótese, foi utilizado o modelo Regressão Descontínua. Este modelo permitiu comparar municípios onde um candidato de esquerda quase ganhou com aqueles onde esse candidato quase perdeu as eleições para prefeito. Os resultados indicaram que ter um prefeito de esquerda fez com que o município reduzisse a taxa de violência contra a mulher em cerca de 9,4%. Os testes de robustez revelaram que esses resultados não decorriam de características pré-existentes. Adicionalmente, a tese visou identificar as políticas (mecanismos) adotadas por esses prefeitos que contribuíram para a redução das taxas de violência contra as mulheres nos municípios que elegeram prefeitos de esquerda. Dentre as decisões possivelmente tomadas que contribuíram para a diminuição das taxas de violência contra as mulheres, incluem-se ampliação das vagas em creches e maior participação feminina no mercado de trabalho. Tais medidas permitiram combater os fatores que tornam as mulheres mais suscetíveis à violência.