Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Werner Vieira
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Orientador(a): |
Almeida, Patrícia Elaine de
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Banca de defesa: |
Diniz, Claudio Galuppo
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Teixeira, Lívia
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7183
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Resumo: |
De acordo com a OMS, em 2014, 39% da população adulta mundial estava acima do peso e 13% foram diagnosticados com obesidade. A tuberculose (TB) é a segunda principal causa de morte por doenças infecciosas em todo o mundo. Estudos têm demonstrado que a obesidade ou o excesso de peso estão relacionados à diminuição do risco de desenvolver TB ativa. Além disso, demonstrou-se que as pessoas com alto índice de massa corporal têm níveis sistêmicos elevados da maioria das citocinas pró-inflamatórias e diminuição dos níveis de citocinas anti-inflamatórias. Além disso, tanto os humanos obesos quanto os camundongos têm uma composição microbiana que é significativamente diferente dos grupos eutróficos, considerados magros, e podem ser corresponsáveis pelo surgimento da obesidade. Reconhece-se agora que a microbiota intestinal mantém uma interação complexa e recíproca com o sistema imune do hospedeiro. Assim, o objetivo deste estudo é avaliar se a obesidade promove alterações fisiológicas em camundongos infectados com BCG, com foco nas mudanças da microbiota intestinal. Para isso foram utilizados camundongos C57/BL6 alimentados com dieta hiperlipídica ou padrão. Os camundongos foram infectados ou não com M. bovis BCG. Após 24, 48 ou 72h de infecção os camundongos foram eutanasiados em câmara de gás carbônico (CO2). As amostras fecais foram coletadas diariamente após a infecção para identificação da composição da estrutura microbiana intestinal. Um lavado pleural foi realizado e os leucócitos pleurais foram montados em laminas para análise de corpúsculos lipídicos (CL) e o sobrenadante desse lavado foi utilizado para análise das citocinas. Além disso, a porção final do intestino foi coletada para análise histológica. As gorduras retroperitoneal e perigonadal foram retiradas para pesagem. Após 16 semanas, os camundongos alimentados com dieta hiperlipídica apresentaram-se obesos. Nós avaliamos que a infecção induziu a biogênese de corpúsculos lipídicos em ambos os camundongos eutróficos ou obesos. Além disso, camundongos obesos 72hs pós-infecção mostraram um aumento significativo no número de corpúsculos lipídicos, quando comparado aos camundongos eutróficos. Além disso, observamos que a infecção induziu um aumento na síntese de KC e TNF-α, e a obesidade não conseguiu alterar esses níveis. Em relação a IL-10, notamos uma redução nos níveis de síntese nos camundongos obesos com 72hs de infecção quando comparados aos camundongos eutróficos. Além disso, demonstramos que os camundongos obesos apresentaram um perfil estrutural da microbiota intestinal diferente quando comparado aos eutróficos. Nos camundongos eutróficos, a infecção por M. bovis BCG modificou rapidamente a estrutura da comunidade microbiana, apresentando variações em 24, 48 e 72h. Observamos que a obesidade atrasou a mudança de estrutura da microbiota intestinal. Além disso, mudanças menores foram observadas com 24 e 48 horas após a infecção, no entanto, mudanças visíveis ocorreram após 72h de infecção. Além disso, um aumento da área de infiltrados inflamatórios intestinais em resposta a infecção foi observada no grupo obeso. Assim, sugerimos que a obesidade influencia o curso da infecção, modulando a biogênese de corpúsculos lipídicos, síntese de citocinas, infiltrados inflamatórios intestinais e composição estrutural de microbiota intestinal. Além disso, o possível efeito protetor da obesidade no desenvolvimento da tuberculose pode ocorrer de outras formas, pela resistência frente à mudança estrutural da microbiota intestinal e pela consequente estimulação do sistema imunológico. |