O real, a atenção e o tempo: uma cinematografia possível para pensar um estar na escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sampaio, Damianne Aparecida de lattes
Orientador(a): López, Maximiliano Valerio lattes
Banca de defesa: Alvarenga, Nilson Assunção lattes, Borges, Rafael de Almeida Tavares lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Cao
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5711
Resumo: Nesta pesquisa procuro pensar acerca de uma certa maneira de estar na escola. Nela é possível que mundos sejam criados a partir da forma como é habitada por aqueles que lhe conferem vitalidade. Tal potência existe a partir do que a escola cria em um momento presente, permeado pela existência de um passado que não cessa de ser. Para levar a diante esta reflexão sobre o estar na escola, procurei explorar as formas de ver o mundo. Assim, encontro a obra do cineasta Cao Guimarães e sua particular maneira de se relacionar com a realidade, de pensá-la e posicionar-se em relação a ela. O mergulho sobre esta cinematografia implica pensar alguns elementos que a constituem, como o tempo, que se torna plástico na imagem. Para pensar este elemento, as contribuições de André Bazin e Henri Bergson foram fundamentais. Os movimentos do pensar implicaram também considerar o estatuto poético das obras de Cao Guimarães, e nesse aspecto, os constructos de Octávio Paz foram de grande valia. A pesquisa perpassa por um momento cuidadoso de análise do filme A Alma do Osso (2004), do próprio Cao Guimarães. A escolha recaiu sobre este documentário por apresentar alguns elementos que permitem dizer algo sobre o estar na escola, mesmo que o filme não se faça nela ou diga, por si mesmo, algo sobre ela. Outras categorias presentes no filme, como a de suspensão, discutida por Maarten Simons e Jan Masschelein para pensar a própria escola permitiram estabelecer uma ponte entre o filme e os modos de habitar a escola; nesse mesmo sentido, é também destacada a ideia de atenção, que aqui ganha centralidade a partir destes autores e de Jorge Larrosa. Todos estes elementos e outros pensados ao longo da pesquisa, abrem a possibilidade de afirmar certa forma de estar na escola e permitem pensar sua potência em relação ao agora, em contraposição à ideia de futuro que hoje parece tê-la cativa.