Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Antunes, Angie Miranda
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Orientador(a): |
Furtado, Fernando Fábio Fiorese
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Banca de defesa: |
Cyntrão, Sylvia Helena,
Faria, Alexandre Graça,
Silva, Wlisses James de Farias |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10253
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Resumo: |
Dentre a série de fenômenos culturais, políticos e sociais ocorridos no arco do tempo entre a Modernidade artístico-literária, em particular as vanguardas históricas, e a Pósmodernidade, destacamos aqueles relacionados aos encontros entre a literatura e o rock a partir de meados do século XX. Da literatura, a Geração Beat ascende com a fundamental perspectiva dos Estudos Culturais e demais correntes de pensamento que mobilizaram os anos 1950, e leva o texto poético e ficcional às ruas através dos happenings. Na década seguinte, os jovens sobem ao palco, fazendo eco às questões suscitadas pelo pós-II Guerra Mundial e reverberando seus ideais ao som das guitarras, tornando o rock a trilha sonora da contracultura do século XX. Com o intuito de desvelar os tempos, lugares e modos de encontro entre o rock e a literatura, perscrutamos a obra da banda Titãs em busca de sua abordagem sobre os nós político-sociais brasileiros e da linguagem empregada nas letras de suas canções, em especial o diálogo com o poeta Torquato Neto, que, por sua vez, foi figura central na divulgação da cultura rock no Brasil. Perscrutamos também a obra da banda norte-americana Metallica, privilegiando as relações da música realizada sob a égide do romance For whom the bell tolls (1940), do escritor estadunidense Ernest Hemingway, o que nos ofereceu a oportunidade de refletir acerca das figurações da velocidade, da morte e da linguagem na cena pós-moderna. Enquanto a contracultura e a literatura se encontram na música, o rock se torna um fenômeno global, contribuindo para a mundialização da cultura. Assim, nas encruzilhadas das grandes cidades, o corpo volta ao palco social, reencontra a sexualidade, o imaginário da morte e o acolhimento tribal em uma performance que se faz entre repulsiva e espetacular, ora resgatando os ideais modernistas, ora agregando sem distinções ou hierarquias tudo o que encontra, como um exemplo cabal e vigoroso da condição pós-moderna. |