Sistemática das espécies de Oligacanthorhynchus Travassos, 1915 (Acanthocephala: Oligacanthorhynchidae)
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | , |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2023/00061 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15866 |
Resumo: | O grupo dos Acanthocephala possuem lacunas na descrição e na taxonomia de suas espécies. Estes animais são caracterizados por serem parasitos de vertebrados e invertebrados, possuindo sistema lacunar, uma probóscide com ganchos na região anterior do corpo e ausência de sistema digestório. Esses parasitos são divididos em quatro classes: Eoacanthocephala, Palaeacanthocephala, Polyacanthocephala e Archiacanthocephala. O gênero Oligacanthorhynchus possui atualmente 31 espécies, estando dentro da ordem Oligacanthorhynchida, na classe Archiacanthocephala. Entre seus hospedeiros vertebrados, destacam-se os marsupiais que são distribuídos geograficamente pelo Novo Mundo, podendo ser parasitados não só por acantocéfalos, como também cestoides, nematoides e trematódeos, dentre outros parasitos. O objetivo geral deste trabalho foi realizar um estudo taxonômico e sistemático do gênero Oligacanthorhynchus, incluindo a descrição de uma nova espécie, validando ou refutando espécies conhecidas e propondo uma chave taxonômica para as espécies aqui consideradas válidas para o gênero. A nova espécie foi encontrada no intestino delgado de Didelphis aurita, espécie endêmica da Mata Atlântica, em necropsia no Laboratório de Taxonomia e Ecologia de Helmintos – Odile Bain (LABTECH), em Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. A morfologia foi caracterizada através da Microscopia de Luz e Microscopia Eletrônica de Varredura. O tamanho dos lemniscos, a morfologia e morfometria dos ovos e as estruturas reprodutoras (glândulas de cimento e poro genital) determinaram a nova espécie. Além disso, as espécies do gênero foram reunidas por meio de descrições e consultas a espécimes depositados na Coleção Helmintológica do Instituto Oswaldo Cruz (CHIOC), Rio de Janeiro, Brasil. O status taxonômico foi discutido para cada espécie, determinando sua validade e propondo características diagnósticas para cada uma. No total, 12 espécies foram classificadas com uma diagnose diferencial válida. Oito espécies foram descritas em estágios juvenis e outras sete foram tratadas como incertae sedis. Por fim, a chave de identificação foi elaborada para as espécies válidas. Este estudo foi importante para ampliar o conhecimento da helmintofauna presente na Mata Atlântica e para fornecer a primeira tentativa de organização sistemática do gênero Oligacanthorhynchus, evitando identificação ambígua das espécies e colaborando para o avanço do estudo taxonômico do grupo. |