Sobrevivência em um período crítico: análises do evento reprodutivo e da fase de fundação de colônias de Acromyrmex subterraneus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sales, Tatiane Archanjo de lattes
Orientador(a): Santos, Juliane Floriano Lopes lattes
Banca de defesa: Paula, Sthepane D' avila de Oliveira e lattes, Auad, Alexander Machado lattes, Prezoto, Fábio lattes, Silva, Mariana Brugger lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ecologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4982
Resumo: O voo nupcial e a fase de fundação são o período mais crítico no ciclo de vida das formigas, pois fatores como predação, dissecação, contaminação, e inúmeros outros podem interferir na dispersão e acasalamento dos indivíduos reprodutivos, na escavação e forrageamento das rainhas. A mortalidade durante este período é bastante alta e por isso as decisões tomadas devem favorecer a sobrevivência e o sucesso dos indivíduos. Sendo assim o presente estudo teve como objetivo investigar alguns aspectos do período inicial do ciclo de vida de Acromyrmex subterraneus a fim de i) esclarecer as vantagens do voo nupcial prematuro, bem como se sua ocorrência é menor porém comum a muitas colônias ou menor dada a participação de poucas colônias; ii) avaliar o efeito da massa das rainhas na sobrevivência e produtividade das colônias incipientes iii) por fim, avaliar o custo do forrageamento para rainhas em termos energéticos e em termos de fitness durante o período de fundação da colônia. Dados genéticos e morfológicos revelaram que o voo nupcial prematuro é um evento restrito a poucas colônias, e que o fator genético deve atuar no período de desenvolvimento dos indivíduos acelerando esse processo, resultando em indivíduos menores que atingem a maturidade mais rapidamente e logo então partem para o voo. A redução da competição por locais de nidificação e do potencial de conflitos através da maior relação de parentesco entre os indivíduos podem ser fatores que favoreçam a ocorrência desse evento. Avaliando a massa de jovens rainhas fundadoras foi possível constatar que rainhas mais leves têm menores chances de sobrevivência, e que a produção de prole é similar independente da massa apresentada, indicando que fatores intrínsecos, como a massa inicial das rainhas no momento da fundação, podem também ter significativa influência na sua taxa de mortalidade. Por fim, foi revelado que a busca por alimento por si não afeta a sobrevivência das rainhas, e que os custos do forrageamento durante o período de fundação não estão diretamente ligados ao gasto lipídico mas sim ao tempo de cuidado com a prole, onde rainhas que não precisam deixar a colônia para forragear supostamente têm mais tempo para investir na criação e manutenção da colônia tornando-a mais populosa rapidamente, aumentando as chances de sucesso.