Análise do perfil químico e investigação da atividade hepatoprotetora in vivo e da citotoxidade e das atividades anti-inflamatória e antibacteriana in vitro de Vernonia condensata Baker (Asteraceae Bencht. & Presl)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Jucélia Barbosa da lattes
Orientador(a): Fontes, Elita Scio lattes
Banca de defesa: Pinto, Nicolas de Castro Campos lattes, Neumann, Elisabeth lattes, Ribeiro, Antônia lattes, Sousa, Orlando Vieira de lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5935
Resumo: A espécie vegetal Vernonia Condensata Baker (Asteraceae), tradicionalmente empregada para o alívio de diversas doenças, tais como distúrbios gástricos e hepáticos, e, ainda, em processos inflamatórios, foi foco deste estudo que buscou aprofundar os conhecimentos sobre o potencial biológico desta espécie. As folhas da mesma foram submetidas à extração a frio com etanol. O extrato (EE) assim obtido foi seco e ressuspendido, passando por um processo de partição líquidolíquido com solventes em ordem crescente de polaridade, originando as partições: hexânica (PH), diclorometânica (PD) e em acetato de etila (PA). A atividade hepatoprotetora foi avaliada in vivo. Para tal foram aplicados três modelos de indução de lesão hepática: paracetamol dose aguda, paracetamol doses repetidas e etanol dose aguda. Para o primeiro modelo foram testados o extrato etanólico e suas partições, observou-se inibição do dano hepático para os animais tratados com PA nas concentrações 50, 100 e 200 mg / kg, com a diminuição dos níveis das transaminases hepáticas, dos parâmetros lipídicos e ação antioxidante observada pelos ensaios de peroxidação lipídica e atividade das enzimas catalase e glutationa reduzida realizados no tecido hepático. Para o modelo de paracetamol em doses repetidas os animais foram tratados com PA nas concentrações 100 e 200 mg / kg, dado o perfil do tratamento não foram observadas diferenças significativas entre os parâmetros bioquímicos dos diferentes grupos, porém foi possível verificar a atividade antioxidante da partição para este modelo. Para indução de lesão hepática aguda por etanol, observaram-se diferenças significativas para os níveis de transaminases hepáticas para os grupos tratados simultaneamente e após a indução com PA na concentração de 200 mg / kg. A atividade anti-inflamatória in vitro também foi testada frente a células RAW (macrófagos) para PA e os níveis de NO, IL- 6 e TNF- α foram dosados e observou-se redução significativa destes mediadores pró-inflamatórios. A atividade antibacteriana das amostras foi verificada pelos testes de concentração inibitória mínima (CIM), concentração bactericida mínima (CBM), checkerboard, análise da curva de crescimento, viabilidade celular e inibição da adesão do biofilme. Os resultados da CIM para PA indicaram moderada atividade antibacteriana para as cepas de S. aureus com resultados iguais ou inferiores a 625 µg / mL, apresentando, então, atividade bacteriostática. PA levou a diminuição da velocidade de crescimento das cepas de S. aureus bem como inibiu a adesão do biofilme. Em PA, que se mostrou mais promissora pelos ensaios realizados, foram identificados e quantificados por meio de cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a arranjo de diodo com padrões externos os flavonoides luteolina, apigenina e o composto fenólico ácido clorogênico. PA foi ainda fracionado e de uma das frações obtidas foi isolado, identificado e quantificado o ácido 1,5 – o- dicafeoilquínico. A presença destes pode justificar, em parte, as atividades observadas neste estudo.