Vizinhança e saúde: caminhabilidade em duas regiões urbanas em Juiz de Fora - MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Almeida, Daniela Pereira lattes
Orientador(a): Alberto, Klaus Chaves lattes
Banca de defesa: Abdalla, José Gustavo Francis lattes, Stephan, Italo Itamar Caixeiro lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ambiente Construído
Departamento: Faculdade de Engenharia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8303
Resumo: A urbanização não produziu somente efeitos benéficos. A OMS estima que quase um quarto das mortes ocorridas em 2012 no mundo são atribuídas ao ambiente, e boa parte destas é atribuída ainda a Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Autores apontam a inatividade física como sendo o principal fator de risco para DCNT. Neste sentido, aspectos do ambiente construído como o sistema viário, padrões de uso e de ocupação do solo e características estéticas do espaço urbano, que tornam o bairro mais ou menos caminhável, podem estar influenciando direta ou indiretamente a saúde dos indivíduos. O objetivo deste estudo é investigar áreas urbanas do município de Juiz de Fora, no que tange a aspectos físicos relacionados a prática de atividades físicas (AF). Como objetivos específicos têm-se: descrever e comparar duas regiões urbanas; e comparar percepção de caminhabilidade dos usuários com dados objetivos sobre caminhabilidade no ambiente. O método para seleção das Regiões Urbanas (RUs) do município a serem estudadas considerou um indicador de saúde, de acesso a saúde, de variabilidade do ambiente urbano e o Índice de Desenvolvimento Social. Foram selecionadas a Esplanada e a Vila Furtado de Menezes. Em uma amostra aleatória estratificada por setor censitário (N = 120), foram coletados dados autorelatados a respeito de hábitos de vida, diagnósticos de doenças crônicas e percepção de acesso a serviços de saúde. Para análise de caminhabilidade foram coletados dados de percepção (questionário NEWS) e dados objetivos (ferramenta S-VAT). Como principal resultado no que tange a condições de saúde, destaca-se que as RUs apresentam prevalência de sobrepeso e obesidade alta (68,66% na Esplanada e 71,70% na Furtado). Apesar de não ter sido identificada correlação estatística entre os desfechos de saúde e a caminhabilidade, observa-se que os dois bairros estão com escore de mediano a baixo para caminhabilidade objetiva e subjetiva, bem como com hábitos de prática de AF ruins. Ao comparar dados de percepção e dados objetivos de caminhabilidade, os estudo encontrou que a concordância entre os dados foi próxima à média (50% de concordância e 50% de discordância). As evidências apresentadas neste estudo apontam que a ausência de características que configurem a estética do espaço, bem como de locais adequados para caminhar e pedalar, por exemplo, podem estar influenciando os residentes do bairro a caminharem menos.